A morte de Gleyce da Silva Bomfim, de 26 anos, na Baixa do Bonfim, em Salvador, neste domingo (15), chocou a população baiana. A jovem morreu dentro de casa, com dois tiros, na cabeça e no abdômen. O principal suspeito do crime é o seu próprio marido, o policial militar João Paulo Freire.
Segundo Maria de Fátima, amiga da família de Gleice, o relacionamento entre a vítima e o suspeito parecia ser “muito bom”, o que causou um choque ainda maior para os que conviviam com o casal.
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“O relacionamento dela era muito bom. Ela estava feliz, era uma menina doce, meiga. Pense numa princesa, numa mulher incrível. Essa era Gleice. Uma menina amiga de todo mundo, que não tinha inimigos. O mundo dela era perfeito, como o mundo da Alice. Ela estava muito feliz. A vida dela era feliz. A gente não entende o motivo disso”, disse Maria, à reportagem do Portal Massa!, durante o velório, realizado no Cemitério 1º Ordem de São Francisco, nesta segunda-feira (16).
Maria de Fátima também relatou detalhes sobre a cena do crime e as ações de Freire após a morte de Gleice. Segundo ela, o suspeito teria saído da casa gritando que a jovem havia tirado a própria vida e, em seguida, fugido com o irmão gêmeo e a mãe. Maria expressou indignação com a falta de punição ao suspeito, que, mesmo após se apresentar à delegacia, ainda não teve a prisão preventiva decretada.
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“Sabemos o que foi visto: uma casa revirada, uma certidão rasgada. Muito nos admirou essa briga tão violenta. Havia espelhos quebrados, e ela não era uma menina de briga, de ciúmes, de nada disso. Gleice era uma menina comportada, uma menina doce”, comentou Maria.
“Só tem essa hipótese de que foi ele. Inclusive, soubemos que ele se apresentou, mas já está solto. Como policial, ele armou para livrar a própria cabeça. Não deixou Ana, a mãe dela, entrar no momento dos tiros que ela ouviu. E depois ele foi embora, como se nada tivesse acontecido”, concluiu.