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Júri bateu o martelo - 01/12/2025, 15:02 - Da Redação

Advogada ligada ao BDM tem futuro definido após audiência de custódia

Poliane França Gomes mantinha um relacionamento com Leandro da Conceição Santos Fonseca, vulgo 'Shataram', chefe da facção

Poliane França tinha um romance com líder do BDM
Poliane França tinha um romance com líder do BDM |  Foto: Divulgação

Poliane França Gomes, advogada presa na última quinta-feira (27) por sua ligação com a facção criminosa Bonde do Maluco (BDM), teve o futuro definido após audiência de custódia realizada na sexta-feira (28). O júri bateu o martelo e decidiu que a mulher continue atrás das grades.

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Apontada como 'primeira dama' de um dos principais chefes da quadrilha, identificado como Leandro da Conceição Santos Fonseca, vulgo 'Shataram', a investigada era considerada uma tesoureira do bonde. Além disso, realizava cobranças, distribuía drogas e armas de fogo, e recolhia ouro oriundo da organização.

Investigações apontam que Poliane inicialmente estava cadastrada como advogada do indivíduo custodiado no Presídio de Serrinha. Porém, a relação entre ela e o bandido se estreitou e logo passou a trampar como 'aviãozinho', mantendo comunicação direta entre internos do presídio e lideranças externas.

A prisão da mulher ocorreu no bairro de São Caetano. Em sua casa, agentes apreenderam cerca de R$ 190 mil em dinheiro vivo, joias e outros materiais.

Em sua casa, agentes apreenderam cerca de R$ 190 mil em dinheiro vivo, joias e outros materiais
Em sua casa, agentes apreenderam cerca de R$ 190 mil em dinheiro vivo, joias e outros materiais | Foto: Divulgação

OAB vai analisar o caso

De acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil - Sessão Bahia (OAB-BA), o Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da entidade pretende analisar o caso da mulher, que se apresentava como advogada.

Confira a nota completa:

"Em todos os casos envolvendo a prisão de advogados ou advogadas, a atuação da OAB Bahia é a mesma e se dá em duas frentes: na garantia das prerrogativas profissionais da advocacia pela Comissão de Direitos e Prerrogativas, e na apuração de condutas incompatíveis com o exercício da profissão pelo Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-BA.

Deste modo, uma advogada integrante da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB Bahia acompanhou na manhã de quinta-feira (27) a prisão da advogada Poliane França Gomes, como determina a Lei Federal nº 8.906/94, que prevê a presença de representante da OAB quando da prisão em flagrante do advogado, desde que por motivo ligado ao exercício profissional.

Nesta atuação da Comissão de Prerrogativas, não interessa a natureza da acusação que pese sobre o advogado preso, e ainda não condenado, mas sim a defesa intransigente das prerrogativas profissionais da advocacia, que para a OAB Bahia são inegociáveis.

A natureza da acusação aos advogados interessa ao Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da OAB-BA, a quem compete a apuração de eventuais infrações cometidas por advogados, que já está cuidando do caso da advogada presa esta manhã. As comunicações de acusações e de prisões são enviadas à Comissão de Admissibilidade Prévia do TED para análise e, estando presentes os requisitos, são instaurados os respectivos processos disciplinares, em que se garante a ampla defesa e o contraditório aos advogados representados.

Entretanto, a Lei Federal nº 8.906, de 4 de julho de 1994, em seu artigo 72, parágrafo 2º, determina que “o processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competente”.

Deste modo, a OAB Bahia e o seu Tribunal de Ética e Disciplina estão proibidos por lei de se manifestar sobre processos disciplinares que porventura estejam tramitando, até o seu trânsito em julgado".

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