
A tradição das baianas de acarajé é algo predominantemente feminino, devido à origem ligada às mulheres africanas escravizadas, que preparavam e vendiam o alimento como forma de sustento e oferenda religiosa. No entanto, um homem desponta como pioneiro, neste São João, no Parque de Exposições.
Em entrevista ao Grupo A TARDE, neste sábado (21), o baiano Nailton Santana, conhecido como Cuca, comentou sobre seu pioneirismo sendo um homem vendedor de acarajé. “Eu sou o primeiro baiano do acarajé. Depois de mim surgiram vários, porque antes não liberavam homem vender acarajé, mas eu fui com a cara e a coragem”, garantiu Cuca. “Hoje não temos essa separação”, completou.
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Com uma família grande e toda “da raiz do acarajé", Cuca trabalha em conjunto com seus diversos filhos e netos, que mantém a tradição há décadas. “Minha família é toda da raiz do acarajé. Minha mãe tem 72 anos só de acarajé, minha avó tem mais. Todos os filhos foram aprendendo, hoje eu já tenho oito filhos e 18 netos. Nós todos trabalhamos com acarajé, vivemos dele”, detalhou.

Presente em bairros como Barra, Ondina e Rio Vermelho, o Acarajé do Cuca já acumula mais de 40 anos no ofício, tendo como diferencial sua variedade de alimentos no cardápio, com destaque para os bolinhos. “É um tabuleiro variado, mas são preparados com a mesma matéria-prima das baianas. No tabuleiro das baianas, quando elas querem botar, elas botam igual o meu. Agora, o meu a diferença é que além do acarajé, o abará, eu tenho vários tipos de outros quitutes”, finalizou.
Transmissão
Não quer ou não pode brotar nas festas? Saiba que o Grupo A TARDE leva a o São João do Parque de Exposições até você através da transmissão ao vivo. Confira: