
Com tantas opções diferentes para curtir o São João em Salvador, o arrasta-pé também está garantido no subúrbio ferroviário da capital com a 5ª edição do Forró na Feira, que acontece até 22 de junho, no Mercado de Paripe. Com programação das 12h às 20h e uma estimativa de público de 5 mil pessoas por dia, o evento oferece música ao vivo, comidas típicas, artesanato e muita animação gratuita para o público.
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Forró raiz e sofrência
Realizado pela Zona Global Eventos e pela Associação dos Feirantes e Permissionários do Mercado de Paripe, com apoio do Governo do Estado, por meio das secretarias de Turismo (Setur) e de Desenvolvimento Econômico (SDE), o evento se consolida como uma excelente opção de festejos juninos fora do circuito tradicional da cidade.
“Este ano priorizamos bandas de forró e sofrência, o famoso arrocha. Diferente da edição passada, que contou com samba, agora o foco é o forró raiz. Também ampliamos as atividades simultâneas na feira, com música desde às 9h na área de hortifruti, garantindo diversão até para quem está fazendo compras”, explica a produtora cultural Fabiana Anjos, moradora do bairro e responsável pelo palco desde a primeira edição.
Entre as atrações confirmadas estão Delírios do Arrocha, Banda Laskinê, Abel Baiano, Carol Leal, Química do Amor, Vitor Hugo e outros nomes da música regional.
Além da festa principal, quem circula pelo Mercado de Paripe logo cedo também pode aproveitar. Entre 9h e meio-dia, um “forrozinho” exclusivo anima a área de hortifruti, criando um clima junino até para quem está apenas fazendo as compras do dia.

Feira, forró e economia girando
O evento também impulsiona a economia local. Com mais de 150 permissionários, o mercado se prepara especialmente para o período junino. Milho cozido, canjica, bolos, amendoim e comidas típicas como sarapatel, rabada e mocotó fazem parte do cardápio oferecido pelos comerciantes.
Gilvan, conhecido como Gil, proprietário do restaurante “Gil e Nara”, contratou quatro funcionários extras para atender à demanda da época junina e comemora o aumento no movimento. “Trabalho aqui há 20 anos. O São João é alegria e renda para muita gente. Já estou com 16 funcionários e esperando vender muito mais. A festa atrai turistas, moradores e movimenta o bairro inteiro”, celebra.
A tradição também é mantida por veteranos da feira, como Crispim dos Santos, conhecido como “Pim Torcedor do Vitória”. Com mais de 50 anos de atuação no mercado, ele destaca a importância do forró na atração de público. “O som anima, traz gente e ajuda a vender. Tem que ter alegria para o povo comprar”, afirma.
Quem também aprovou a iniciativa foi a dona de casa Crislaine Souza, de 42 anos, que aproveitou a tarde para fazer compras e acabou ficando para curtir o forró com o filho. “Vim comprar umas coisas pra fazer canjica em casa e, quando vi a banda tocando, fiquei. Meu menino dançou tanto que nem quis ir embora. Muito bom ver esse tipo de evento aqui no bairro, com tudo de graça e bem organizado”, contou.
Mesmo diante dos desafios logísticos e do aumento dos custos com insumos, os comerciantes mantêm o otimismo. “O ambiente é familiar, tem música boa, praça de alimentação e produtos locais. Vale a pena dar uma passadinha e aproveitar essa festa linda”, convida Fabiana.