
Segunda atração da noite do São João da Bahia, Fábio Carneirinho desabafou sobre o trabalho de resistir com o forró diante do domínio do sertanejo nas atrações juninas.
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Natural do Ceará, o cantor atribui o movimento como consequência da "moda" do sertanejo, mas aponta que ainda é prazeroso levar o forró pelo Brasil.
"A resistência é difícil, mas é prazerosa. O que nos deixa com prazer é que essas coisas que não fazem parte do nosso hall, da nossa identidade são passageiras. Isso acontece em todo o mercado, não só na música, mas também na gastronomia e em tantos outros setores", indicou ele.
Ainda de acordo com ele, o forró faz parte da cultura nordestina que se modela com a mudança dos costumes, mas nunca morre.
"O que me deixa satisfeito, é que o forró não acaba porque ele não é só um ritmo mas parte da identidade de um povo. O forró é a culinária, é a poesia, é a literatura, é o artesanato, é a vestimenta. Tudo isso tem altos e baixos", continuou ele.