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resistência - 21/06/2025, 12:30 - Vitória Sacramento

Arrastão Junino no Engenho Velho da Federação celebra resistência e fé

Evento gratuito rola dia 23 de junho e resgata tradição junina com ancestralidade e muita música

São João no Engenho Velho da Federação terá arrastão com muita ancestralidade
São João no Engenho Velho da Federação terá arrastão com muita ancestralidade |  Foto: Divulgação

O clima de São João já toma conta de Salvador, e no Engenho Velho da Federação, esse ano a festa ganhou um toque especial de ancestralidade e resistência cultural. No próximo dia 23 de junho, a partir das 19h, acontecerá o Arrastão Junino Samba, Fé e Resistência, evento gratuito que irá levar muito samba e história às ruas da comunidade.

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Samba e história nas ruas do bairro

O percurso começa no Terreiro do Cobre, segue até a Drogasil, e retorna para a região conhecida como Madruga, reunindo moradores e visitantes com o objetivo de celebrar a força do samba junino e a espiritualidade.

Quem está à frente da organização é Valnei dos Santos Pereira, de 45 anos, morador do bairro e um dos defensores da tradição dos arrastões na região. “A ideia surgiu dentro do terreiro. A maioria dos integrantes é do candomblé, e vimos que o bairro precisava de um movimento junino. Antigamente havia palanques no Engenho Velho da Federação, mas isso foi se perdendo. Queremos reviver esse tempo”, afirma.

Tradição que renasce com força

Embora esta seja a primeira edição com o nome “Samba, Fé e Resistência”, os arrastões já fazem parte da história do bairro. “Eu nasci e cresci vendo isso acontecer. Depois de um tempo, pararam de fazer, mas há uns quatro ou cinco anos ressurgiu essa vontade de manter a tradição viva. É a mesma banda de antes, só mudamos o nome”, explica Valnei.

Homenagem à fé e à cultura

A nova denominação é também uma homenagem: inspirada no livro “Resistência e Fé”, da Yalorixá Baunísia, do Terreiro do Cobre, o nome do arrastão inverte a ordem dos termos como forma de ressignificação. “Já estamos nos organizando para fazer uma homenagem a ela na saída do arrastão”, destaca o organizador.

Com apoio dos comerciantes locais e da liderança comunitária, o evento não conta com trio elétrico nem quadrilha, mas mantém elementos marcantes da cultura junina, como a fogueira e o som potente de um carro de som que acompanha os músicos e cantores. O objetivo é simples e poderoso: celebrar, emocionar e fortalecer os laços da comunidade.

“Quem vai, sente. A energia é muito forte. É emocionante”, garante Valnei. A participação é livre e gratuita. Basta chegar, bater palma e sambar junto com a comunidade.

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