
Quando se fala em São João da Bahia, é impossível não pensar nas comidas típicas: amendoim cozido, milho, variedades de bolos e muitos mais. No ‘Sanju’ do Pelourinho, ainda tem uma convidada, que, na verdade, é a dona da casa: a acarajé.
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A beleza das ruas do Pelô não é a mesma sem as famosas e tradicionais baianas. Junto com o laranja do acarajé, muita pimenta e o carisma, enchem o Centro Histórico de Salvador de alegria e, claro, com um maravilhoso cheiro de comida boa.

O pai de santo Erivaldo D’Oxum, de 64 anos, e o seu marido Marcone Aureliano, foram curtir o arrasta pé, mas, mesmo com toda opção típica dos festejos juninos, o casal se manteram raízes e fiéis ao acarajé da Mary, na Praça da Sé
“O acarajé é uma comida nutritiva, é o feijão, o camarão, o vatapá, o caruru, uma comida típica da Bahia. Sem ele ficaria difícil. Em qualquer ocasião, o acarajé cabe. São João, Natal, Reveillon. Baiano sem acarajé, não é baiano”, disse
Contudo, Erivaldo ressaltou a riqueza alimentar do estado e de toda tradição que carrega a festa nordestina. “O importante é se alimentar para manter o corpo vivo e a mente saudável. Quem não quer comer acarajé, come milho; quem não quer comer milho, come pamonha, quem não quer pamonha, é tapioca”.
A baiana Miracy, sozinha, decidiu arrumar e colorir o seu tabuleiro de acarajé com as bandeirolas e todo o colorido típico. Com muito carisma, destacou que a presença das baianas devem ser todos os dias.
“Um evento para que seja considerado massa, tem que ter baiana, não tem como não. A gente é direto. Não tem canjica, licor? Mas o acarajé não deixam de pedir”, afirmou, com sorriso no rosto.