O forró é, tradicionalmente, o ritmo do São João. Mas será que as pessoas escutam em outras épocas do ano?
De acordo com dados de plataformas de streaming, o consumo de ‘forró das antigas’, que engloba estilos como xote, pé de serra e brega, teve um aumento de 300% nos últimos anos. A pesquisa, no entanto, não especificou a faixa etária dos ouvintes.
O Portal A TARDE conversou com jovens, com idade entre 18 e 22 anos, que curtiam o São João do Pelourinho neste sábado (22) para saber se elas colocam o forró para tocar em seus fones de ouvido em outros meses do ano.
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A estudante de psicologia Maria Paula, de 22 anos, disse que ouve mais no mês de junho. “Eu gosto de escutar o forrózinho durante o ano, mas no geral mais nesse período mesmo devido ao clima, desse momento mais junino, de festas, de reencontros, confraternização com os amigos, com a família”, disse.
Sem ser no São João, Maria falou que coloca forró para tocar no final das festas. “A gente coloca ali para se divertir e dar uma relembrada, mas no geral não muito”, completou.
A também estudante Lorena Souza, de 17 anos, afirmou que também ouve o bom e velho forró ao longo do ano. Questionada sobre a frequência, ela disse: “Depende muito, mas normalmente quando eu estou em uma alguma resenha com os meus amigos aí a gente acaba colocando a primeira música que vem na nossa mente e puxa ali naquele momento”.
Amiga de Lorena, a universitária Tainá Santos, 18, disse que também escuta quando está com os amigos ou quando está em casa, no momento da faxina. “Aí coloco uma playlist aleatória e aí acabo escutando. [...] Tem vezes que eu deixo passar e tem vezes que eu realmente coloco direto para escutar”, revelou.
Novas versões
Pegar uma música clássica de um determinado gênero e regravar com uma nova roupagem e arranjos se tornou um hábito comum entre os artistas. E com o forró não é diferente. Pabllo Vittar, Juliette, entre outros, são alguns nomes que fizeram isso recentemente.
Para Maria Paula esse é uma maneira de “ressignificar um pouco a música, que às vezes os mais jovens e a nova geração não escutam”. “Acho que é legal para que essa nova geração vá conhecendo esses clássicos do Forró e um pouco mais da nossa cultura”, contou.
Segundo Lorena, essas novas versões ajudam a reforçar o forró nas outras épocas do ano: “Porque normalmente a gente tem mais shows desses cantores, e não dos cantores realmente do forró. Eu acho que ajuda sim a divulgar mais”.
Tainá, apesar de concordar com a amiga, fez um adendo: “Depende muito, porque nem sempre é de bom tom”. “Por exemplo, a música que a Pabllo Vittar fez como releitura ficou boa, não mudou muita coisa. Mas no caso da Juliette, eu já sei que não foi tão de bom tom assim, e a música nem ficou boa. Essa é a verdade”, finalizou.
O Grupo A TARDE está transmitindo o São João da Bahia 2024 ao vivo, em todos os circuitos. Acompanhe!