
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) garante que está acompanhando com “rigor” o caso da morte de Ana Luiza Silva dos Santos, de 19 anos, durante uma ação policial no bairro Engomadeira, em Salvador, no último domingo (13). O petista diz ter cobrado uma investigação transparente das Forças de Segurança Pública para responsabilizar os culpados pelo óbito da jovem.
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“Estamos acompanhando o caso com muito rigor e transparência. Determinei à Secretaria de Segurança Pública que siga, com firmeza, com a apuração de forma responsável e transparente”, afirmou o governador, nesta segunda-feira (14), em vídeo publicado nas redes sociais.
Na gravação, Jerônimo ainda se solidarizou com os familiares e amigos da vítima. “A morte de Ana Luíza neste final de semana faz-me vir aqui e me solidarizar com toda a família, com os amigos e com a comunidade da Engomadeira, que hoje sofre com essa perda irreparável”. “Peço que Deus conforte o coração das famílias, dos vizinhos e dos amigos de Ana Luíza”, acrescentou.
Apesar dos investimentos que vêm sendo feitos na área, o governador reconheceu que a Polícia Militar (PMBA) enfrenta diversos desafios na tentativa de salvaguardar os baianos.
“Temos feito esforços contínuos para fortalecer a segurança pública do estado da Bahia, com mais estrutura, formação, presença nos territórios e políticas sociais. Mas, episódios como esses mostram que ainda temos muitos desafios, sobretudo para proteger a população das periferias”, declarou.
Assista abaixo o vídeo completo:
O caso
Ana Luiza dos Santos Silva, de 19 anos, morreu na tarde deste domingo (13), após ser atingida por uma bala perdida durante um tiroteio entre policiais militares e criminosos, no bairro da Engomadeira, em Salvador.
De acordo com o relato de familiares, Ana Luiza era estudante universitária. Ela estava cursando o terceiro semestre do curso de Estética e Cosmética em uma faculdade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Tanto os familiares quanto a população negam qualquer tipo de envolvimento da jovem com o crime. Ela foi baleada na barriga enquanto voltava para casa, chegou a ser socorrida por policiais no ‘camburão’ da viatura, sendo levada para o Hospital Geral Roberto Santos, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Apesar das polícias Civil e Militar da Bahia relatarem que a morte ocorreu durante uma troca de tiros, os parentes e vizinhos contestam a versão e acusam os agentes pelo assassinato dela. Vídeos mostram que os policiais que estavam na operação foram hostilizados no local.