Ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres afirmou, durante o depoimento na CPI dos Atos Golpistas, nesta terça-feira (8), que jamais imaginaria a ofensiva promovida por bolsonaristas radicais em Brasília. Na época, apesar do cargo, Torres estava que de quebrada nos States.
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Torres, que viajou para as gringas na sexta que antecedeu a tentativa de golpe (6), disse ter deixado o país com a imagem de poucas pessoas acampadas na capital federal. Ele se encontra preso desde o dia 14 de janeiro, também no âmbito das investigações dos atos golpistas.
"Naquele dia, naquela sexta-feira, os acampamentos estavam praticamente desmontados, ele [General Dutra] precisava da secretária de desenvolvimento social para tirar os vulneráveis, os moradores de rua, antes de fazer o desmonte final do acampamento. Essa foi a imagem que eu viajei com ela na cabeça, de pouquíssimas pessoas naquela sexta-feira, dia 6, nos acampamentos, eu jamais ia imaginar que aquilo ia acontecer, que aquilo ia virar de novo e se tornar o 8 de janeiro. Quando eu viajei não havia informação de inteligência”, disparou Torres.
Anderson Torres, que também foi ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), afirmou ter deixado assinado um plano de ações para qualquer ‘parangolé’. "Se a Praça dos Três Poderes estivesse realmente isolada, não teria acontecido isso”, completou o ex-ministro.