Um grupo com 40 pessoas acusadas de integrar os atos golpistas ocorridos no dia 8 de janeiro deste ano, em Brasília, entrou no radar da Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão solicitou a condenação do coletivo, ao reiterar as denúncias feitas ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Ministério Público Federal (MPF).
De modo geral, essas acusações recaem sobre os integrantes do núcleo de executores dos atos do 8 de janeiro, que levaram à depredação dos prédios dos Três Poderes. Dentro do documento, a PGR listou provas da prática de cinco crimes, como por exemplo, associação criminosa armada e golpe de Estado.
Além disso, registros fotográficos e em vídeo, relatórios de inteligência, autos de prisões em flagrante e depoimento de testemunhas e dos próprios réus estiveram entre os documentos utilizados para sustentar a ação. Como se tratam de crimes multitudinários, que são cometidos por multidões, as alegações finais da PGR tem partes comuns para todos os réus, ao mesmo tempo em que possuem alegações individuais.
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No mais, a procuradoria aponta que os atos contaram com articulação prévia, por meio de envio de mensagens de convocação pelas redes sociais. Além disso, foi constatada a presença de CACs, grupo formado por caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo entre os manifestantes.
A procuradoria também estimou que o ressarcimento dos prejuízos causados pela depredação nas sedes dos Três Poderes é de R$ 25 milhões, valor que engloba R$ 3,5 milhões (Senado); R$ 1,1 milhão (Câmara dos Deputados); R$ 9 milhões (Palácio do Planalto) e R$ 11,4 milhões (Supremo Tribunal Federal).
Em setembro, o Supremo pretende julgar as primeiras ações penais contra investigados pelos atos de 8 de janeiro. Desde o início das investigações, 1.290 investigados se tornaram réus no STF.