
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) deu o que falar na última sexta-feira (2), ao sugerir que Jair Bolsonaro e seus eleitores fossem para a “vala”. A frase gerou repúdio entre os bolsonaristas, que afirmaram que o petista incitou a violência contra seus opositores. No entanto, esse tipo de declaração já foi utilizada mais de uma vez pelo próprio ex-presidente, como o Portal Massa! vai mostrar nesta matéria.
Leia Também:
Estupro
Bolsonaro ganhou notoriedade nacional em 2013, após sugerir que não estupraria a então deputada federal Maria do Rosário (PT) porque “ela não merecia”. A declaração aconteceu durante uma discussão sobre a redução da maioridade penal no Brasil. Na ocasião, Bolsonaro ainda empurrou a parlamentar e afirmou que bateria nela, caso ela encostasse nele.
A polêmica foi abafada na época, mas, em 2014, os dois voltaram a discutir e, novamente, Bolsonaro afirmou que não a estupraria — desta vez porque ela era “ruim e feia”. Maria do Rosário acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ex-presidente foi condenado a pagar uma indenização de R$ 10 mil.

Fuzilar petista
Durante a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro esteve em uma agenda no Acre, onde pegou um tripé, imitou um fuzil e gritou: “Vamo fuzilar a petralhada aqui do Acre!”, levando seus apoiadores ao delírio.
O PT entrou com uma ação contra Bolsonaro, mas o STF entendeu que ele não poderia ser responsabilizado por atos cometidos antes de assumir a Presidência da República.
Amor à ditadura
Bolsonaro também nunca escondeu seu apoio à ditadura militar. Em 2016, durante seu voto pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff, homenageou o notório torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra.
No mesmo ano, em entrevista ao programa Pânico, afirmou que o erro da ditadura foi apenas torturar, e não matar. O ex-presidente já declarou abertamente ser favorável à tortura de opositores.
Gays
Bolsonaro também demonstrou, ao longo da carreira, posições ofensivas contra minorias. Em entrevista à revista Playboy, declarou que não aceitaria um filho homossexual. Disse, inclusive, que preferiria que o filho morresse do que o visse em um relacionamento com outro homem:
“Para mim é a morte. Digo mais: prefiro que morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí. Para mim ele vai ter morrido mesmo”.
Bolsonaro também afirmou que, se seu filho fosse gay, a solução seria “porrada” até ele “mudar esse comportamento”.
Negros
Jair Bolsonaro também já demonstrou posicionamentos polêmicos em relação a cotas raciais e comunidades quilombolas. Durante uma visita a um quilombo, afirmou que os moradores “pesavam mais de sete arrobas”, usando uma medida comum para pesar animais.
Na época, o STF — alvo frequente de críticas do ex-presidente — entendeu que, apesar do péssimo tom da fala, ela se encaixava na liberdade de expressão.