
Um novo projeto de lei (PL) na Câmara Municipal de Salvador pode gerar um "bafafá" danado no debate sobre educação e religião na capital baiana. O vereador (e pastor) Kênio Rezende (PRD) apresentou a proposta de número 262/2025 que visa autorizar a utilização da Bíblia Sagrada como recurso paradidático nas escolas públicas e particulares da cidade.
Leia Também:
De acordo com o texto da iniciativa, o projeto não tem caráter religioso e nem busca impor qualquer crença aos alunos. O objetivo, segundo o vereador, é puramente educacional: reconhecer e utilizar o valor histórico, literário, geográfico e cultural da Bíblia.
O PL trata o livro como um documento de relevância para diversas áreas do conhecimento, podendo ser usado como material de apoio em disciplinas como:
➡️ História
➡️ Literatura
➡️ Geografia
➡️ Filosofia
➡️ Artes
➡️ Ensino Religioso
Uso facultativo e não confessional
Para tranquilizar os setores que se preocupam com a separação entre Igreja e Estado, o projeto estabelece duas regras cruciais para a aplicação do material:
➡️ A participação dos alunos no uso da Bíblia como recurso paradidático será facultativa.
➡️ O material deve ser utilizado dentro de um contexto educacional e não confessional, ou seja, sem pregação ou doutrinação.
A proposta de usar um dos livros mais influentes da história mundial nas salas de aula de Salvador agora segue para análise e discussão nas comissões da Câmara.