O plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar e matar o ex-juiz e agora senador Sergio Moro (União Brasil-PR) já estava em andamento, é o que aponta as investigações da Polícia Federal e Ministério Público de São Paulo (MPSP). Além de Moro, outro alvo era o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que faz parte do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco).
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Desde janeiro deste ano que a família do ex-juiz é seguida e para facilitar o acesso, a facção alugou imóveis na mesma rua do senador. Já sabendo do risco de sofrer atentado, Sergio Moro e os seus familiares já estavam sendo escoltados pela Polícia Militar do Paraná.
Na manhã desta quarta-feira (22), a Polícia Federal realizou uma operação, batizada de Sequaz, para desarticular o esquema e pelo menos nove pessoas foram presas.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Segundo a PF, os ataques poderiam acontecer no mesmo momento e os principais investigados são de São Paulo e Paraná, locais onde seria mais comum encontrar Moro.
Por meio das redes sociais, o senador Sergio Moro disse que o plano do PCC era matar toda a sua família. Além da PM, ele recebeu reforço na segurança da Polícia Legislativa.
Sobre os planos de retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e…
— Sergio Moro (@SF_Moro) March 22, 2023