Pelo menos seis pessoas foram presas pela Polícia Federal (PF),na manhã desta quarta-feira (22), suspeitas de fazerem parte de uma facção que planejou a morte de servidores públicos e autoridades, entre ela o senador Sérgio Moro (União Brasil).
No total, são 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão nos estados de São Paulo, Paraná, Rondônia, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.
Os seis presos da região de Campinas, quatro homens e duas mulheres, foram levados para a Delegacia da Polícia Federal da cidade.
A facção investigada tem forte atuação dentro e fora dos presídios brasileiros e em também em territórios internacionais. Quando era ministro de Segurança Pública, no governo Bolsonaro, Moro ordenou a transferência do chefe da facção, o Marcola, e outros integrantes para presídios de segurança máxima. O senador defendia que eles precisavam ficar isolados para enfraquecer a atuação.
De acordo com a PF, Além de homicídio, os suspeitos pretendiam sequestrar autoridades públicas. Os agentes identificaram ainda que os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea.
Segundo os investigadores, os planos seriam retaliação de integrantes da facção criminosa por causa de uma portaria do governo que proibia visitas íntimas em presídios federais, além do pacote anticrime. Atentados eram planejados desde o ano passado, segundo a investigação.
Os alvos alugaram chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços de Sergio Moro. A família do senador também teria sido monitorada por meses pela facção criminosa, apontam os investigadores.
Nas redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, comentou a operação e confirmou que as vítimas seriam um senador e um promotor de Justiça.
Por meio de uma rede social, Moro afirmou que vai fazer um pronunciamento sobre ser alvo de ameaças de um grupo criminoso.
"Sobre os planos de retaliação contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado", cita a postagem.