A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu uma investigação contra o deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante), pré-candidato à Prefeitura de Salvador, após as falas de teor transfóbico durante votação do projeto de lei que proíbe o casamento LGBT no país, que tramitou na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara, aprovado no dia 10.
Durante as discussões sobre o tema, o deputado baiano afirmou que “homem mesmo cortando a binga não vai ser mulher. Mulher cortando a cocota se for possível não será homem. Todo mundo sabe”. A declaração acalorou a sessão que originou um breve embate entre o parlamentar e a deputada Erika Hilton (PSOL-SP).
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Na ocasião, o pastor também chegou a se referir a Hilton como “meu amigo”. A parlamentar, que é uma mulher trans, representou Isidório no Ministério Público Federal (MPF) devido à declaração, pedindo a responsabilização criminal por violência política de gênero.
A decisão da PGR de investigar criminalmente o político atende tanto à representação de Hilton quanto a outra, apresentada pelo Ministério Público Eleitoral no dia 25 de setembro e encaminhada à Procuradoria. O foro competente para julgar o deputado baiano é o Supremo Tribunal Federal (STF).