O governador Jerônimo Rodrigues (PT) criticou, nesta segunda-feira (13), as prefeituras que impuseram dificuldades durante o período de transição entre gestores. Citando casos como o da gestão de Moema Gramacho (PT), em Lauro de Freitas, que fazia parte da base governista, o petista afirmou que sua cobrança não é seletiva.
“Eu não sou seletivo, não. Já falei e repito: serve para todos e para todas. O dinheiro é público. Quem não fez com decência uma transição não tem meu acordo, eu não concordo com isso. Todos nós temos uma lei, temos uma Constituição que estabelece que, a partir do dia 6 de outubro, quando resultaram as eleições, deveria começar um processo mínimo de transição, e eu não concordo com a forma como muitos estão fazendo. Todos que eu, até agora, recebi reclamaram que, às vezes, não têm nem listagem de servidores concursados, às vezes são carros bons sem bateria, sem pneus. E eu não estou poupando ninguém”, declarou o governador.
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Jerônimo também garantiu que está acompanhando as prefeituras que necessitam de auxílio do governo estadual devido à falta de estrutura deixada pela gestão anterior. Segundo ele, quem não conduziu a transição de forma responsável não terá seu apoio.
“Eu tô recebendo todos e receberei. Vou deixar o restante de janeiro e fevereiro para receber os prefeitos. E eu tô combinando com aqueles que fizeram a transição tranquila – que foi reeleição, que o grupo reelegeu, que têm tranquilidade – para me esperarem um pouco, porque eu não posso deixar um prefeito ou uma prefeita tendo que recuperar o prédio da prefeitura ou as secretarias por pelo menos cinco, seis meses. Então, quem não fez uma transição decente, não tem meu apoio”, concluiu.
Vale ressaltar que municípios como Lauro de Freitas, Ilhéus e Juazeiro tiveram troca de grupos políticos nas eleições de 2024. Os novos prefeitos assumiram as cidades em estado crítico e se viram obrigados a decretar estado de calamidade.