
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, propôs, na sexta-feira (19), ao mandatário brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma reunião bilateral entre os dois chefes de estado durante a cúpula de Líderes. O encontro aconteceria durante a cúpula dos líderes do G7, em Hiroshima, no Japão, e por "incompatibilidade de agendas" não vai mais rolar. A informação foi divulgada pela TV Globo.
Lula participa da reunião de cúpula do G7 na condição de convidado. A presença do presidente marcou o retorno do Brasil, após 14 anos, ao encontro do grupo que reúne as sete economias mais industrializadas do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).
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De acordo com o governo brasileiro, Lula chegou a oferecer mais de um horário, mas a equipe do presidente ucraniano não conseguiu encaixar a reunião na agenda de Zelensky. Ao ser questionado se ficou decepcionado pelo fato da reunião não ter acontecido, o presidente ucraniano disse ironicamente que achava que Lula deveria ter ficado decepcionado.
Lula também iria se reunir com o presidente americano Joe Biden, no entanto, segundo o governo brasileiro, o 'cabeça' dos States queria uma reunião com os chefes de estado da Indonésia, Índia e Brasil, que também não foi possível pelas agendas.
Lula e a guerra na Ucrânia
Lula tem defendido que um grupo de países, incluindo o Brasil, lidere uma saída negociada para o fim da guerra, que já dura mais de um ano. O presidente brasileiro, no entanto, afirmou que não planeja visitar a Rússia e a Ucrânia enquanto não houver um cessar-fogo.
Nas últimas semanas, falas de Lula atribuindo responsabilidade pela guerra também à Ucrânia geraram críticas de países, inclusive os Estados Unidos. O governo americano chegou a dizer que o Brasil "papagueia" propaganda russa e chinesa sobre a guerra na Ucrânia.
Após a repercussão, Lula mudou o tom e defendeu a integridade do território da Ucrânia e voltou a condenar a invasão russa.