O presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ter o seu último 'B.O', no bom baianês, para resolver antes de deixar o Palácio do Planalto. O Ministério Público considerou inconstitucional o polêmico indulto de Natal concedido aos envolvidos no massacre do Carandiru, que ocorreu em outubro de 1992, e acionou a Procurador-Geral da República (PGR).
O procurador-geral de Justiça do MP, Mário Luiz Sarrubbo, afirma que o perdão dado pelo 'presida' é incompatível com os dispositivos da "Convenção Americana de Direitos Humanos promulgada pelo Decreto n. 678, de 06 de novembro de 1992".
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No indulto, fica previsto que todos os agentes de segurança que tenham cometido algo na sua atuação há mais de 30 anos, serão perdoados. "Razão pela qual requer a Vossa Excelência a tomada de providências urgentes em face dos preceitos impugnados por incompatibilidade com o art. 5º, § 3º, da Constituição Federal, e as normas acima indicadas da Convenção Americana de Direitos Humanos, por ação direta de inconstitucionalidade ou arguição de descumprimento de preceito fundamental", diz trecho da ação do MP.