Os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), soltaram os cachorros, nesta quinta-feira (23), após a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os poderes da Corte. O texto foi carimbado pelo Senado na quarta (22).
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Segundo os ministros, a PEC representa um "retrocesso". Barroso afirmou que o Supremo funcionou como um "dique de resistência" nos últimos anos, enfrentando o "negacionismo". Ele ainda alegou ver a mudança com preocupação.
"O STF, nos últimos anos, enfrentou negacionismo, funcionou como dique de resistência. Por esse papel, recebeu ataques verbais. Após esses ataques, o STF vê com preocupação avanços legislativos sobre sua atuação", disparou.
Já Gilmar, no modo 'pitbull enraivado', disse que o Supremo não é composto por covardes e medrosos, e tratou a PEC como uma ameaça.
"É preciso altivez para rechaçar esse tipo de ameaça de maneira muito clara. Esta Casa não é composta por covardes. Esta Casa não é composta por medrosos", discursou Gilmar.
Xandão de Moraes também hablou pra cacete e seguiu a linha de Gilmar Mendes ao declarar que a Corte não é formada por medrosos.
"Essa Corte não se compõe de covardes e nem de medrosos. A constituição garantiu a independência do poder judiciário proibindo qualquer alteração constitucional que desrespeite essa independência e desrespeite a separação de poderes", afirmou Xandão.