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Fazenda Grande III - 14/04/2025, 20:28 - Da Redação - Atualizado em 14/04/2025, 21:30

Militante torturado pela ditadura ganhará homenagem em rua de Salvador

Tributo foi proposto pela ex-vereadora Maria Marighella (PT)

Rua fica localizada no bairro de Fazenda Grande III
Rua fica localizada no bairro de Fazenda Grande III |  Foto: Reprodução | Google Street View

Uma rua localizada no bairro de Fazenda Grande III, em Salvador, terá o seu nome alterado e passará a chamar-se Luiz Fernando Contreiras de Almeida, militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e vítima da ditadura militar.

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A via que receberá o tributo fica localizada no Acesso Local '02 – Quadra B', com início na Rua Vereadora Yolanda Pires e término no Caminho '16 – Quadra B'.

A homenagem foi sancionada pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil), na última terça-feira (8), por meio do Diário Oficial do Município (DOM).

O tributo foi proposto pela ex-vereadora Maria Marighella (PT), neta do ex-deputado federal Carlos Marighella, que também foi vítima da ditadura militar.

O projeto de lei da agora presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte) foi aprovado em dezembro do ano passado, quando Marighella já havia se afastado do Legislativo para comandar a instituição, e encaminhado para redação final em fevereiro deste ano.

“A importância de homenagear Luiz Fernando Contreiras é reconhecer seu legado no processo de resistência democrática no Brasil. Contreiras deixou sua história de vida de herança para todos que lutaram e para os que ainda lutam por memória, verdade e justiça”, diz um trecho da proposta.

Quem foi Luiz Contreiras

Luiz Fernando Contreiras de Almeida nasceu na cidade de Mundo Novo, na Bahia, em 6 de junho de 1923, filho de Abílio César de Almeida e Laudelina Contreiras de Almeida. Contreiras morreu em 15 de fevereiro de 2019, em Salvador, onde viveu grande parte da sua vida junto à família.

Engenheiro civil formado em 1947 pela Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, foi casado com a professora e ex-deputada estadual Amabilia Almeida, com quem teve três filhos.

Durante a vida, o militante, chegou a presidir o Partido Comunista Brasileiro da Bahia (PCB-BA), foi preso três vezes. A primeira aconteceu em 28 de fevereiro de 1948, aos 25 anos de idade, por organizar um comício na Praça da Sé, em comemoração do centenário do Manifesto Comunista de Marx e Engels e pela legalização do PCB, cassado pelo governo Dutra.

Luiz Fernando Contreiras de Almeida morreu em 15 de fevereiro de 2019
Luiz Fernando Contreiras de Almeida morreu em 15 de fevereiro de 2019 | Foto: Reprodução/Comissão Estadual da Verdade

Já a segunda ocorreu durante a campanha 'O petróleo é nosso', em fevereiro de 1953. Aos 30 anos de idade, passou 15 dias trancafiado na Casa de Detenção, antigo Forte de Santo Antônio.

Durante a ditadura militar, Contreiras foi torturado com eletrochoques pelo coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, e sofreu uma tentativa de assassinato por parte do delegado Sérgio Fleury, num sítio chamado pelos militares de 'fazendinha'.

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