
O Movimento Brasil Livre (MBL) causou polêmica na última semana após realizar a doação de uma caixa d’água no sertão do Nordeste, por meio do projeto Leve Poços. O detalhe que chamou a atenção foi a cor do material: preto, conhecido por esquentar bastante quando exposto ao sol.
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Segundo o grupo, a escolha da cor foi feita para representar o Missão, partido que estreará em 2026 com representantes ligados ao MBL. Nas redes sociais, a ideia não passou despercebida. Internautas fizeram piadas como “bom que a água já vem pronta para fazer o café”.
Apesar das críticas, o MBL justificou que a cor preta ajuda a evitar a proliferação de algas. Além disso, ressaltou que a caixa d’água será utilizada, principalmente, para auxiliar na irrigação voltada à agricultura familiar no sertão nordestino.
O principal ponto de reclamação, no entanto, foi a personalização do equipamento com as cores do futuro partido. Na internet, muitas pessoas acusaram o movimento de usar a iniciativa como estratégia para conquistar votos na região.
“Fica evidente que é uma peça de marketing político de quem está tentando angariar voto no Nordeste com essa pauta que já é saturada desde os anos 60 pelas oligarquias daqui”, comentou um internauta.
O que diz a lei?
De acordo com a Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições) e com a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), caracteriza-se como propaganda antecipada qualquer ato que, antes do período permitido, leve ao conhecimento do eleitor a candidatura, ação política que vise conquistar apoio ou pedido explícito de voto.