As obras da nova fábrica da BYD em Camaçari, iniciadas em março de 2024, seguem dentro do cronograma estabelecido com o Governo do Estado. O projeto consolida a Bahia como um polo no setor de veículos elétricos e híbridos, com a previsão de gerar 10 mil empregos diretos até o final de 2025, após o início da operação.
Nesta segunda-feira (2), o governador Jerônimo Rodrigues, a CEO da BYD para as Américas e Europa, Stella Li, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, visitaram o canteiro de obras para acompanhar o progresso.
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A operação industrial terá início em janeiro, com 2 mil vagas iniciais. Esse número será ampliado para 3 mil até março, totalizando 10 mil ao final do ano.
Segundo o governador, as oportunidades de trabalho continuarão crescendo, alcançando a marca estimada de 20 mil trabalhadores no local até o final de 2026: "A BYD está fazendo história em nossa terra, e a Bahia se consolidará como um dos principais centros de inovação e geração de empregos do Brasil”.
Inovação tecnológica
Durante o evento, a BYD apresentou um motor híbrido inovador, fruto de uma parceria entre pesquisadores brasileiros e chineses. A tecnologia combina eletricidade e etanol, maximizando eficiência e autonomia.
O primeiro veículo com essa tecnologia será o SUV Song Pro, fabricado no Brasil e destinado ao mercado global.
Avanços estruturais
A Fábrica 01, destinada à montagem de veículos, já concluiu 80% da fundação e 40% da cobertura e do piso. O canteiro de obras e a preparação do terreno estão finalizados, enquanto áreas como a Fábrica 10, para inspeção e expedição, e a pista de testes avançam nas etapas de terraplenagem e drenagem.
"Estamos orgulhosos do progresso deste complexo, que será um dos mais importantes fora da China. Ele reflete nosso compromisso com tecnologias limpas e sustentáveis", destacou Stella Li.
Investimento e expansão sustentável
Com investimento inicial de R$ 5,5 bilhões, que pode chegar a R$ 6,5 bilhões, o complexo deve se tornar um marco para o setor automotivo nacional. A previsão é que a fábrica inicie a produção em 2025, com capacidade inicial de 150 mil veículos por ano, ampliável para 450 mil em etapas futuras.
A segunda fase do projeto, que reutilizará estruturas existentes, está em planejamento. Estudos ambientais estão em andamento, e a BYD deve apresentar o pedido de licença de instalação e o cronograma da expansão em dezembro.
Para o ministro Rui Costa, o projeto alia sustentabilidade, inovação tecnológica e desenvolvimento econômico, com impactos positivos na geração de empregos e na transferência de conhecimento.