Jerônimo Rodrigues (PT) esteve presente no Encontro Estudantil da Rede Estadual de Educação, que começou nesta terça-feira (17), na Arena Fonte Nova, em Salvador. O governador discursou para mais de 5 mil jovens, sendo saudado pelos estudantes. Em sua fala, o petista bateu na tecla sobre a necessidade da sociedade dar importância ao período de adolescência, tratada muitas vezes, segundo ele, como um momento de "transição sem identidade".
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"A transição não tem a força o suficiente, e vocês estão reconstruindo isso. Vai ser preciso diversas gerações para ser provado que o que fazemos é lúdico, alegre, é com sorrisos, com brincadeiras, mas tem muita seriedade", iniciou Jerônimo.
Dando sequência ao discurso, Jerônimo ainda citou um "desafio" maior para alguns grupos. "Além de ser jovem, ser mulher é duro. Além de ser jovem, ser negro é duro. Além de ser jovem, ser pobre, ser de interior, da roça, ser autista, tudo isso se multiplica em nós", continuou o petista.
Ainda de acordo com Jerônimo, a escola é um lugar para "construir a solidez daquilo que acreditamos". "Nós acreditamos muito em vocês [estudantes], nós professores gostamos muito de acreditar em vocês", garantiu.
Jerônimo explicou sobre o trabalho do governo na educação, além de citar a importância do "multirão" promovido por todos os profissionais das instituições de ensino, entre educadores, secretários, pedagogos, zeladores, porteiros, vigilantes e cozinheiras. "A escola sem essa equipe não anda. A gente trabalha desde cedo, no final de semana, durante a noite. Preparando aulas, fazendo comida, compras (...) Às vezes a gente está lá na sala e não sabe o que está por trás".
O governador também mencionou movimentos estudantis. "Quem atua num movimento estudantil sabe o quanto é importante a resistência, a discussão com os professores, para garantir os direitos de vocês [estudantes], a criação de entidades e instituições fortalecidas. É muito importante para gente", afirmou.
O petista finalizou seu discurso enaltecendo a postura coletiva dos movimentos estudantis, que ele diz fazerem reivindicações em prol do coletivo. "Nós somos inteligentes o suficiente para respeitar o movimento estudantil, não só porque fomos de lá, mas porque esse movimento reivindica a qualidade de uma sala de aula, com iluminação boa, ar-condicionado, uma refeição boa, uma quadra em perfeito estado, é para isso", completou.