Após ter sua conta invadida na rede social X, o antigo Twitter, Janja da Silva se manifestou sobre o ocorrido nesta terça-feira (12). Também nas redes sociais, a primeira-dama publicou uma nota alegando que "sofreu o que muitas mulheres sofrem diariamente".
Janja foi hackeada na noite desta segunda-feira (11), com o seu perfil exibindo ofensas contra Lula e a própria primeira-dama, além do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
A Polícia Federal já investiga o caso e a Secretaria de Comunicação Social (Secom) repudiou o ataque ao perfil de Janja, garantindo que vão haver consequências aos envolvidos.
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"Os covardes que compartilham e comentam destilando seu ódio, preconceito e violência também serão identificados", publicou o ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta.
Leia abaixo a nota completa de Janja:
"Na noite de ontem, os ataques de ódio e o desrespeito que eu sofro diariamente chegaram a outro patamar. Minha conta do X foi hackeada e, por minutos intermináveis, foram publicadas mensagens misóginas e violentas contra mim. Posts machistas e criminosos, típicos de quem despreza as mulheres, a convivência em sociedade, a democracia e a lei.
Eu já estou acostumada com ataques na internet, por mais triste que seja se acostumar com algo tão absurdo. Mas a realidade é que a internet é um espaço potente para o bem e para o mal. E é comprovado que nós, mulheres, somos as que mais sofrem com os ataques de ódio aqui nas redes. O que eu sofri ontem é o que muitas mulheres sofrem diariamente.
Mulheres no Brasil inteiro são vítimas de ataques machistas, que tomam conta das redes sociais e muitas vezes saem dela, acabando em agressões físicas e feminicídios. Milhares de mulheres perdem ou até tiram a própria vida a partir de ataques como o que sofri na noite de ontem.
A Polícia Federal e a plataforma X foram acionados imediatamente e estão tomando as devidas providências. O ódio, a intolerância e a misoginia precisam ser combatidos e, os responsáveis, punidos.
Agradeço todas as manifestações de solidariedade e apoio que tenho recebido desde então. Eu sei, e é sempre bom relembrar, que não estamos sozinhas".