O ex-policial, Ronie Lessa, que confessou o assassinato de Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, tentou esclarecer-se em sua delação premiada. O criminoso afirmou que não é "matador de aluguel" e que matou a vereadora para se tornar sócio dos irmãos Brazão.
“Então eu quero deixar claro, doutor, que ali eu não fui contratado para matar. Eu não sou um matador de aluguel. Eu fui contratado para ser sócio e para ocupar a área”, afirmou Ronnie, em vídeo obtido pela Folha de S.Paulo.
Lessa fez outras declarações impactantes, como a de que também participou do planejamento da morte da ex-presidente da escola de samba Salgueiro, Régina Celi, a pedido de policiais ligados ao bicheiro Bernardo Bello.
O criminoso só não realizou o assassinato, pois não queria se queimar antes da morte de Marielle, onde ele recebeu uma promessa de que ficaria rico. Lessa estimou que os empreendimentos irregulares dos irmãos Brazão rendiam em torno de US$ 10 milhões.
“Porque a questão é, por mais que eu não soubesse quem ainda é Marielle, mas eu sabia que tinha uma coisa para ficar rico. Eu não vou me queimar por besteira se tem uma coisa para ficar rico. Então falei: ‘Macalé…’ Eu fui empurrando, empurrando".
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De acordo com as investigações, os empreendimentos foram o principal motivo para eles mandarem a morte da vereadora. Já que Marielle lutava contra a regularização de loteamentos irregulares, ramo em que a família Brazão atuava.