Alvos de críticas e brincadeirinhas na internet por passar ‘mão-boba’ em Michelle Bolsonaro, ex-primeira dama da República, o governador Jorginho Mello (PL-SC) ficou nos holofotes da mídia. Mas essa não é a primeira vez que o político se destaca por se envolver em polêmicas.
Para entender a trajetória do ex-líder bolsonarista no Senado, o Portal Massa! reuniu algumas situações absurdas nas quais o governador se meteu nos últimos vezes e seus desfechos. Confira:
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Transfobia
Em abril de 2023, o governador de Santa Catarina determinou que a Polícia Militar investigasse a “capacidade moral e profissional” da primeira oficial travesti da corporação. A major Lumen Müller Lohn, de 44 anos, está na corporação desde 1998 e foi submetida ao processo que terminou em recomendação para sua aposentadoria compulsória meses após realizar a transição de gênero.
Jorginho Mello (PL-SC) era a única autoridade capaz de autorizar a criação de um Conselho de Justificação, colegiado que analisa apenas eventuais transgressões morais de oficiais da PM catarinense. Em março de 2024, a PM divulgou a decisão, que ainda deve ser aceita pelo chefe do Executivo estadual, justificando que a major “não apresenta habilitação ao quadro de acesso [promoção] por falta de requisitos”.
Nepotismo
Para começar ‘bem’ o ano, Jorginho Mello decidiu nomear o próprio filho como secretário da Casa Civil de Santa Catarina. A nomeação de Filipe Mello foi anunciada no dia 3 de janeiro, após a saída de Estener Soratto (PL) do cargo.
Apesar de já ter assumido outras pastas em gestões anteriores, Filipe desistiu da posição cerca de uma semana depois, afirmando que “não precisava de emprego”. “Estou feliz por ver que, mesmo aqueles que criticam, reconhecem que minha capacidade técnica e meu currículo me qualificam para a função. O defeito é biológico, é ‘ser filho'”, disse o advogado depois da má repercussão sobre o assunto.
Sem exigência de vacinação
O governador Jorginho Mello (PL-SC) decidiu, em fevereiro de 2024, vetar a exigência de comprovação de vacinação no ato de matrícula nas escolas estaduais de Santa Catarina. A documentação atualizada é orientada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Assim como em Minas Gerais, a decisão da não obrigatoriedade da comprovação vacinal aconteceu após o Ministério Público incluir, no plano obrigatório previsto para crianças de até 5 anos, a imunização contra a Covid-19.
Deboche a professores estaduais
Já em junho deste ano, Jorginho Mello (PL-SC) virou notícia por debochar do pedido de professores da rede estadual por reajuste salarial. Nas imagens que viralizaram na época, o governador ironizou a reivindicação da classe e se esquivou da responsabilidade: “Não devo nada pra ninguém. [...] Não é agora que vocês querem que eu faça milagre, deveriam ter cobrado dos outros governadores de vocês”.
Troféu ferradura pro governador de SC! Olha como o Jorginho Mello tratou as professoras que o abordaram em Lages, com a mesma pauta do movimento grevista que ele tentou julgar ilegal em abril! Não soube conversar, como se espera de um gestor, e ainda respondeu com grosserias! pic.twitter.com/IcXwy22oZ7
— Amanda Miranda (@amanda_miranda) June 22, 2024