Durante discurso em evento institucional em Minas Gerais, o presidente Lula (PT) alfinetou Jair Bolsonaro (PL), nesta quinta-feira (24). Na oportunidade, o petista chamou o ex-chefe da República de "fujão".
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“O cara que tentou dar o golpe para impedir minha posse. Não teve coragem de me esperar, fugiu como rato foge. Fugiu. Agora, fez a bobagem que fez”, detonou o presidente, fazendo referência à tensão na relação comercial entre Brasil e Estados Unidos.
Sem citar diretamente o nome do adversário político, Lula acusou o ex-presidente de ter instruído o filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a pedir ao 'presida' dos Estados Unidos, Donald Trump, que interferisse nos assuntos internos do Brasil.
“Agora mandou o filho dele sair do mandato de deputado federal e ir a Washington pedir que o presidente Trump interfira no Brasil. Isso é uma vergonha, uma demonstração de covardia. Fez o que fez, agora arque com as consequências e respeite o povo brasileiro. Aqui existe justiça”, declarou.
Prisão e dignidade
Lula também relembrou o período em que esteve preso, em 2018, por desdobramentos da Operação Lava Jato, afirmando que a ação provocou graves prejuízos econômicos ao país.
“Foram na minha casa e na casa dos meus cinco filhos, quebraram televisão para ver se havia dinheiro. Não encontraram nada e, mesmo assim, mandaram me prender. Eu vou provar minha inocência”, destacou.
Tornozeleira eletrônico foi assunto
Ele comentou ainda sobre o motivo de ter recusado o uso da tornozeleira eletrônica, aproveitando para alfinetar Bolsonaro, que hoje cumpre medida semelhante determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“Fiquei 580 dias preso e me ofereceram um acordo para voltar para casa com tornozeleira de aço. Recusei porque não troco minha dignidade pela minha liberdade”, afirmou, sob aplausos.
“Não vou usar tornozeleira, porque não sou pombo-correio. Minha casa não é prisão. Quem inventou as mentiras contra mim que as desfaça e me liberte”, completou.
Atualmente, o uso da tornozeleira eletrônica é uma das medidas restritivas impostas pelo STF a Jair Bolsonaro, em meio às investigações sobre supostas ações contra a soberania nacional.
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