
O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, parou no xilindró na madrugada desta sexta-feira (26) ao tentar meter o pé para El Salvador, após ter violado a tornozeleira eletrônica. O condenado por trama golpista foi encontrado no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, no Paraguai, utilizando nome falso.
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Agentes de imigração paraguaios cismaram quando notaram que as impressões digitais e a numeração dos documentos não correspondiam ao passageiro. Pressionado durante a abordagem, o ex-diretor, que utilizava “Júlio Eduardo”, acabou confessando que a documentação era fraudulenta.
Segundo Andréia Sadi, do Portal G1, Silvinei havia rompido a tornozeleira eletrônica em Santa Catarina e caiu fora do Brasil sem autorização judicial. Após a violação do equipamento, as autoridades brasileiras acionaram um alerta nas fronteiras e comunicaram as autoridades policiais do Paraguai.

Saiba quem é o fujão
Silvinei foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por fazer parte da trama golpista liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-diretor, durante as eleições de 2022, trabalhou para barrar ônibus com eleitores do atual presidente, Lula (PT), em cidades do Nordeste.
Em 2021, durante o governo Bolsonaro, foi promovido a diretor-geral da PRF. Em janeiro, foi nomeado para cargo em Santa Catarina. Ele assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José (SC), cargo assinado pelo prefeito Orvino Ávila (PSD), aliado político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Silvinei já havia parado atrás das grades por um ano preso preventivamente. Vasques ficou em prisão preventiva entre agosto de 2023 e agosto de 2024, mas recebeu autorização para deixar a prisão em decisão do ministro Alexandre de Moraes.
