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Picou a mula! - 12/11/2024, 14:30 - Da Redação - Atualizado em 12/11/2024, 14:48

Ex-BBB que incitou ataques do 8/1 foi financiado por candidato do PL

Milhares de pessoas foram influenciadas pelas lives de Didi Red Pill a participar dos ataques à sede dos Três Poderes

Ex-BBB está foragido no exterior
Ex-BBB está foragido no exterior |  Foto: Reprodução/ X

O ex-BBB Adriano Luiz Ramos de Castro, conhecido como Didi Red Pill, um dos principais incentivadores da invasão de 8 de janeiro, que resultou na prisão de mais de 2 mil pessoas. Durante as eleições de 2022, ele recebeu R$ 10 mil da campanha do então candidato a deputado federal André Porciúncula (PL), poucos meses antes de incitar atos de vandalismo.

André, inclusive, foi secretário de Cultura no governo Bolsonaro. Além disso, concorreu a vereador por Salvador em 2024, mas não foi eleito, ficando com apenas 2.758 votos.

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No dia 8 de janeiro, Didi Red Pill estava em Brasília cobrindo o protesto e fazendo declarações que incentivavam a depredação do patrimônio público. Em determinado momento, ele chegou a afirmar: “Não era o que todo mundo queria, que a gente fosse para o Congresso? Seu desejo está se realizando, estamos indo para o Congresso Nacional agora. Ninguém para mais a gente…”

Ele também disse: “Estamos fazendo história na porta do Congresso Nacional. Hoje completam 70 dias que a galera cansou de ficar na porta do quartel e veio aqui no Congresso Nacional… Estamos ao vivo mostrando tudo para vocês direto de Brasília, a invasão…”

Didi transmitiu uma live de mais de quatro horas no YouTube, mas, após a repercussão, apagou o vídeo. Pouco depois, ele desapareceu das redes sociais e, em 18 de janeiro de 2023, ressurgiu em um vídeo afirmando estar “bem longe do Brasil”.

O filho de uma pessoa presa em decorrência dos atos, que preferiu não se identificar por medo de represálias, afirmou à reportagem: “Minha mãe assistia às lives desse cara todos os dias, na porta do quartel, incentivando o povo. Me lembro que algumas transmissões dele alcançaram 20, 30 mil pessoas. Foi assim que ela resolveu entrar em um ônibus e ir a Brasília participar do 8 de janeiro. Hoje, ela está presa, sofrendo as consequências, e nós aqui chorando diariamente, sem saber o que fazer por tudo o que aconteceu. Enquanto isso, ele está fora do país, recebendo muito dinheiro de doações… É triste, dói muito, nossa família está desolada”.

Agora bem longe do Brasil, Red Pill usa seu canal no YouTube para comentar sobre política e apoiar deputados e vereadores de seu círculo próximo. Didi também responde a uma ação penal do Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação nos ataques de 8 de janeiro.

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