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Fake news! - 12/09/2024, 17:03 - Da Redação

Político é suspeito de contratar atores para falar mal de candidatos

Mais de 10 prefeituras no Rio de Janeiro estão envolvidas no esquema

Polícia Federal cumpriu 15 mandados de busca e apreensão
Polícia Federal cumpriu 15 mandados de busca e apreensão |  Foto: Divulgação

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (12), a Operação Teatro Invisível, voltada para desmantelar uma organização criminosa envolvida em um esquema de criação e divulgação de notícias falsas contra candidatos a prefeito. Mais de dez municípios do Rio de Janeiro foram investigados na ação da PF.

Os policiais federais cumpriram 4 mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da 8ª Zona Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro. Além disso, também foi determinado o bloqueio judicial de bens dos investigados, no valor total de R$ 1 milhão para cada um.

Os líderes do esquema contratavam pessoas para agir como atores em locais públicos com grandes aglomerações, como padarias, bares, pontos de ônibus e mercados, realizando falsas afirmações sobre candidatos a prefeito para beneficiar o político que contratou os serviços.

Os atores recebiam R$ 2 mil por mês para propagar as fake news, enquanto os coordenadores do esquema criminoso recebiam até R$ 5 mil, além de serem contratados pela prefeitura. Em ano eleitoral, as cabeças pensantes do crime eram exoneradas de seus cargos e substituídas por 'laranjas'.

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A "campanha" de propaganda criminosa incluía um processo de acompanhamento dos resultados no planejamento, com a elaboração de relatórios diários das atividades. Esses relatórios especificavam a quantidade de eleitores abordados por dia, o número de votantes em cada candidato e o total de eleitores convertidos para o candidato beneficiário do esquema.

Os envolvidos são investigados por organização criminosa, desvio de funcionários públicos para atuar no grupo criminoso, utilização de "laranjas" para burlar incompatibilidades com o exercício da função pública, lavagem de dinheiro, constrangimento ilegal de servidores (assédio eleitoral), além dos crimes relacionados à difusão de notícias falsas e/ou desinformação, previstos no Código Eleitoral.

Apesar de a organização criminosa concentrar suas atividades e ter seus membros majoritariamente residentes no município de São João de Meriti/RJ, foi comprovado que o esquema criminoso foi contratado e expandido para ao menos outras dez cidades do estado do Rio de Janeiro.

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