Apoiadores de dois candidatos a vereador de Salvador protagonizaram uma briga generalizada no bairro de Mussurunga, na tarde da última quinta-feira (22). O conflito aconteceu quando os grupos de divulgação do Pastor Juarez do Reviver (PP) e de Moisés Feitosa (PSDB) se encontraram na Rua Professor Plínio Garcez de Sena, no setor C.
De acordo com as mulheres que estavam trabalhando para Moisés, os funcionários e o próprio Pastor Juarez teriam ido para cima da equipe delas e agredido algumas das integrantes. O Portal MASSA! procurou o candidato acusado de agressão, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
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Em um vídeo publicado nas redes sociais, uma mulher identificada como Priscila Gomez afirmou que foi surpreendida com o suposto ataque ao lado das colegas de campanha. Ela contou que o grupo estava trabalhando normalmente, até que os apoiadores do Pastor Juarez teriam chegado de carro e partido para a ofensiva.
O pastor teria sido o primeiro a dar um "murro" em uma das moças e as xingou de "p*tas" e "vag*bundas". Por ter uma quantidade mínima de homens na equipe de Moisés Feitosa naquele momento, os rapazes até teriam tentado reagir para ajudar as colegas, mas acabaram apanhando também.
Veja o relato dado à polícia:
"Esse grupo agrediu a gente, agrediu a colega da gente, chegou dando vários murros nela, vários e vários murros! A gente foi tentar amenizar a situação e fomos recebidas assim, pisoteadas", acusou Priscila.
Ela também disse que ficou com o rosto e o pescoço inchados, além de ter sofrido um machucado na mão. Uma colega ainda teria partido o dente diante da agressividade.
Em outro trecho do vídeo, Priscila Gomez faz uma acusação mais grave e diz que o candidato Juarez do Reviver bateu em uma mulher e não deveria ser tratado como a vítima da situação: "Será mesmo que o pastor é uma vítima ou a vítima é a gente, que estava trabalhando para poder ganhar o nosso? E ele chama o pastor de vítima? O vídeo não mostra que ele é uma vítima não".
Assista:
Mulheres tiveram o trabalho interrompido
Diante da situação desta quinta-feira, o trabalho de divulgação de panfletos em apoio ao candidato Moisés Feitosa foi interrompido na sexta-feira (23). Em entrevista ao Portal MASSA!, uma das mulheres que estava trabalhando na equipe e presenciou as supostas agressões relatou os impactos da situação.
Segundo Jamile Soares, os dois grupos nunca tiveram nenhum embate antes desse episódio. Durante a confusão, ela garante que ninguém disse nenhuma frase ameaçadora ou que incentivasse uma reação tão violenta.
O caso as deixou com medo de voltar a sair para as ruas e acabou afetando o dinheiro extra, que faz muita falta para as chefes de família. “Não trabalhamos hoje por segurança”, admitiu.
Candidato lamenta agressão contra apoiadoras
Em um texto publicado no perfil oficial do candidato, Moisés Feitosa lamentou o ocorrido contra as apoiadoras e declarou que não estava no local quando tudo aconteceu. Ele falou que só foi informado do que havia ocorrido depois que a confusão se dispersou.
“Repudiamos com firmeza qualquer ato de violência, especialmente contra as mulheres. É inaceitável que elas sejam agredidas em qualquer circunstância, e reafirmamos nosso compromisso de protegê-las e oferecer todo o apoio necessário”, escreveu.
Por fim, o candidato a vereador falou que tomou as medidas necessárias diante desse cenário: “Estamos fornecendo todo o suporte para as pessoas afetadas, incluindo assistência jurídica, psicológica e cuidados de saúde física. Além disso, estamos colaborando com as autoridades para assegurar que os responsáveis sejam identificados e punidos”.
O caso foi parar na polícia
Na noite de ontem, as mulheres que teriam sido agredidas pelos apoiadores do Pastor Juarez do Reviver prestaram queixa à polícia. O caso está sendo apurado pelas autoridades.
O Portal MASSA! também entrou em contato com a Polícia Militar da Bahia para solicitar informações sobre a briga generalizada em Mussurunga, mas foi informada que não houve acionamento na localidade, segundo a 49ª CIPM.
Por fim, o Portal MASSA! reforça que tentou por diversos meios o contato com o Pastor Juarez do Reviver, mas não foi respondido até a publicação desta reportagem. Deixamos espaço aberto para as partes envolvidas no caso se pronunciarem sobre o assunto, se desejarem.