Com um orçamento de quase R$ 2 milhões, os diretórios do PL ligados a João Roma enfrentaram uma série de derrotas no interior da Bahia. As candidaturas a prefeito em Amargosa, Itabuna e Teixeira de Freitas, que receberam um total de R$ 1.853.796 em recursos de campanha, resultaram em um baixo desempenho, com a eleição de apenas dois vereadores nesses municípios.
A situação em Amargosa é particularmente emblemática: a candidata Viviane Santana, que recebeu R$ 393.936, obteve apenas 867 votos, evidenciando a ineficácia dos investimentos feitos pelo partido.
O desempenho do PL na Bahia contrasta fortemente com o crescimento do partido em âmbito nacional, onde o número de prefeituras conquistadas passou de 345 para 510. No estado, entretanto, o partido viu seu número de prefeituras cair de 20 para apenas uma – Porto Seguro, onde Jânio Natal foi reeleito. Natal, contudo, não é amplamente associado às bandeiras tradicionais da direita, o que coloca em questão a consistência ideológica do partido sob a liderança de Roma na Bahia.
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Enquanto outras capitais nordestinas, como Fortaleza, Maceió e Recife, tiveram desempenho expressivo – elegendo cinco, onze e quatro vereadores, respectivamente –, Salvador ficou aquém das expectativas, elegendo apenas dois. Para alguns aliados, esse resultado expõe a fragilidade da gestão de João Roma à frente do PL na Bahia, revelando a dificuldade em replicar o sucesso nacional do partido no cenário local.
Críticas internas ao presidente estadual têm se intensificado, refletindo a frustração com a queda acentuada do partido no estado, o que é tido por alguns membros do partido como falta de uma estratégia eficaz para reverter essa tendência negativa.