Quarto entrevistado da sabatina promovida pelo Grupo A TARDE, nesta sexta-feira (20), o candidato a prefeito de Salvador, Giovani Damico (PCB), criticou o atual modelo de gestão do transporte público na cidade.
Damico, que promete estabelecer uma revisão da tarifa do ônibus, afirmou que as empresas que possuem concessão para operar as linhas da cidade "não estão dando conta" do que está previsto nos contratos com o município.
"Nosso plano tem um conjunto de medidas que tem um certo tempo para instituir na prática. Se a gente tem uma tarifa muito cara, isso acaba onerando demais, principalmente a população mais pobre. A gente tem a constatação que essa dinâmica de iniciativa privada vem funcionando como uma fonte de saída. O fato é que toda vez que se abre um processo licitatório, elas estão. Essas empresas não estão dando conta do que é previsto. Por isso que a gente está pensando em um processo progressivo de municipalização do transporte", disparou o candidato.
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Giovani Damico também criticou a retirada do trem do Subúrbio sem a construção imediata do VLT. Para o candidato, faltou por parte da prefeitura participar do diálogo, mesmo a obra sendo administrada pelo governo do Estado.
"Claro, não é uma competência da prefeitura, mas a prefeitura não tomou um papel de participar da discussão. A prefeitura fez uma coisa parecida [retirada do trem] parecida, começa a remover um conjunto de linhas de ônibus. O BRT não está dando conta da ausência dessas linhas", disse Giovani, que ainda criticou os viadutos em excesso na capital, descartando a derrubada imediata das vias sem que seja apresentada uma alternativa.
"Não pode fazer que nem o trem do Subúrbio. Primeiro a gente constitui nossa alternativa de transporte [...] É uma alternativa futura, mas para isso tem que começar a mudar essa aposta", pontuou.