
Durante o Ato de protesto realizado no Farol da Barra, em Salvador, que reuniu manifestantes a favor da anistia para os presos do 8 de janeiro e em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, Dra. Raissa Soares, pré-candidata à Câmara Federal, comentou sobre o julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). O processo analisa denúncia que atribui uma suposta trama golpista ao ex-presidente e outros sete réus, envolvendo os atos de 8 de janeiro, e se tornou um dos assuntos centrais da agenda política nacional.
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Sobre o andamento do julgamento, Dra. Raissa criticou a condução do processo.
"Infelizmente, o que a gente está assistindo é um julgamento em que eles tentam, o tempo inteiro, trazer provas baseadas em textos, em rabiscos, tanto que tentaram, o tempo inteiro, atribuir uma culpabilidade para colocar o presidente Bolsonaro como réu. A gente vê um ambiente de tortura."
Ela ainda questionou a atuação das autoridades durante as investigações:
"Você já viu uma história de um policial federal dentro da casa de alguém que está considerado réu? De fazer vistoria do carro que sai do prédio do presidente Bolsonaro? Parece que tudo que se aponta indica que já existe uma sentença pronta, e eles estão apenas construindo narrativas e discursos para esse julgamento."
Dra. Raissa também comentou sobre o movimento que defende a anistia aos presos do 8 de janeiro, lembrando das manifestações que ocorreram em agosto:
"Esperamos em Deus que todo o movimento de um 'Reaja Brasil' de um Congresso que antes dizia que não pautaria uma anistia, hoje já entende que é um desejo popular. O Brasil inteiro, em agosto, quando foi para as ruas e as ruas se lotaram, está dizendo: 'Nós queremos que o Brasil seja anistiado e que seja uma anistia irrestrita, porque isso retira do histórico das pessoas a condenação."
No entanto, ela alertou que apenas reduzir a pena não resolve a questão para os acusados:
"Apenas reduzir a pena das pessoas do 8 de janeiro não fará com que sejam consideradas réus primários, já que elas já tiveram um crime."
Dra. Raissa criticou ainda a forma como o julgamento tem sido conduzido, alegando que há confusão entre fatos e interpretações:
"O que assistimos foram horas e horas de tentativas de se criar fatos, às vezes factóides, e quem está escutando tem dúvida do que é fato, do que é criação, do que foi composição, do que foi interpretação, do que foi um pensamento. Era um rabisco? Era fato? Mas que golpe é esse? Cadê a organização? Cadê a sociedade unida? Cadê todas as forças juntas? Onde estava o golpe?"
Ela citou comparações históricas para reforçar seu ponto de vista sobre a gravidade do julgamento:
"A gente vê gente até da esquerda descrevendo o golpe militar como foi na época, para se pensar em ameaça de golpe para o 8 de janeiro. Quem não teve a oportunidade, assista à super live que aconteceu no dia 5, no canal da Cristina Grêmio. Foram 4 horas em que os manifestantes do 8 de janeiro, que já foram soltos e já cumpriram parte do tempo de tornozeleira eletrônica, contaram o que viveram."
Por fim, a pré-candidata questionou a prisão de pessoas que, segundo ela, não estavam diretamente envolvidas nos atos, mas foram acusadas com base em registros indiretos:
"Pessoas que não estavam na cena, mas que, pelo tacógrafo do ônibus, estavam na estrada na hora da quebradeira. Essas pessoas foram presas, ficaram 4 meses com tornozeleira por 2 anos, estavam na estrada pelo tacógrafo. Que golpe é esse? Essas pessoas foram mais de 1.400."
O Ato no Farol da Barra reuniu manifestantes que defendem a anistia para os presos do 8 de janeiro e manifestam apoio ao ex-presidente Bolsonaro, enquanto o julgamento segue em andamento no STF, com ampla repercussão nacional.