O deputado estadual Diego Castro (PL) gerou tensão no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), em Salvador, na tarde desta sexta-feira (07). O parlamentar entrou o setor de hemodiálise no momento da troca de turnos dos pacientes em tratamento.
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No momento do ocorrido, Diego estava sem equipamentos de proteção adequados e entrou no ambiente estéril justamente no instante em que catéteres estavam sendo retirados.
Denúncia
O deputado Robinson Almeida (PT) denunciou a invasão e classificou a conduta de Diego Castro como “um ato irresponsável que desrespeita os pacientes, os profissionais de saúde e as normas sanitárias”.
O parlamentar petista reforçou que unidades hospitalares seguem protocolos rígidos para garantir a segurança dos pacientes e que qualquer interferência indevida pode ter consequências graves.
Ainda de acordo com a denúncia, além da invasão, Diego Castro destratou funcionários e coagiu pacientes durante sua visita. Buscando, a todo custo, um discurso negativo, interrompia depoimentos positivos e pressionava para obter críticas ao serviço.
O argumento utilizado foi a falta de ar-condicionado no setor, mas, ao ser informado de que a troca dos aparelhos já estava programada e sob acompanhamento da Vigilância Sanitária, ignorou a explicação e continuou sua tentativa de criar um cenário artificial de crise.
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) já solicitou os registros das câmeras de segurança, que comprovam a invasão do deputado e de sua equipe em áreas restritas do hospital, incluindo o setor de hemodiálise, sem cumprir os protocolos exigidos para acesso.
Exposição de pacientes e risco de tragédias
O deputado Robinson Almeida alertou para o perigo desse tipo de interferência política em ambientes hospitalares. Ele destacou que situações como essa já resultaram em tragédias no Brasil. Em janeiro deste ano, um vereador de Minas Gerais invadiu uma sala de emergência, causou tumulto e, como consequência, um paciente veio a óbito.
“O que o deputado Diego Castro fez no HGRS é gravíssimo. Interferir no funcionamento de uma unidade de saúde não é papel de um parlamentar, muito menos coagindo funcionários e pacientes. Essas atitudes podem colocar vidas em risco e devem ser firmemente repudiadas”, afirmou Robinson Almeida.
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