Após depoimentos do seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, na quinta-feira (31), a defesa de Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) acesso à íntegra dos depoimentos prestados à Polícia Federal no inquérito das joias.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, no dia 15 de agosto, concedeu à defesa o acesso aos elementos de prova registrados no processo. "Nesse contexto, é indubitável que os termos de declarações de oitivas já realizadas constituem elementos já efetivamente documentados, tornando-se, assim, imperiosa a concessão de acesso imediato a esses documentos", argumentou a defesa, representada pelo advogado Paulo Amador da Cunha Bueno, que prosseguiu.
"Diante do significativo progresso nas investigações, notadamente com a obtenção de depoimentos cruciais ocorridos ontem, requer-se a autorização para a atualização dos autos, permitindo o acesso integral aos termos de declarações relativos às oitivas realizadas em 31 de agosto de 2023".
Cid está preso desde maio no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília, por conta de uma operação que investiga a suspeita de integrar um esquema de falsificação de cadernetas de vacinação que teria beneficiado o ex-presidente e seus familiares.
O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelos agentes, na quinta-feira (31), sobre um suposto esquema de desvio de joias e relógios do acervo público. Além dele, por estratégia da Polícia Federal, Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o advogado Frederick Wassef e o pai do tenente-coronel, o general Mauro Lourena Cid prestaram depoimento ao mesmo tempo.
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