Os debates entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo estão ficando cada vez mais acalorados. Neste domingo (1º), a baixaria tomou conta da transmissão e contou com acusações sobre envolvimento com facção, invasão de propriedade e quase agressão.
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O debate político foi promovido pela TV Gazeta e pelo portal MyNews. Participaram do encontro o atual prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (Psol), Pablo Marçal (PRTB), Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB).
Marçal x Boulos
Já no primeiro bloco, Pablo Marçal questionou Boulos sobre o evento em que ele esteve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando o hino nacional foi cantado em linguagem neutra. Chamando o adversário de “Boules”, Marçal perguntou se o candidato do Psol já havia usado drogas.
Em sua resposta, Boulos afirmou que Marçal era “um bandido condenado”, completando que “não conversava com criminosos”. “Por isso eu não vou falar com você”, disse.
Nunes x Marçal
Ricardo Nunes utilizou sua vez para perguntar a “Pablito”, como o chamou, sobre sua participação, condenação e prisão por crimes de furto qualificado em Goiás, no ano de 2005. O atual prefeito também citou a ligação do adversário ao Primeiro Comando da Capital (PCC), maior facção criminosa do Brasil.
“Como você pensa em lidar com a questão da segurança pública com um histórico tão complicado?”, questionou Nunes. Dessa vez o candidato do PRTB usou a expressão “Bananinha” para perguntar os motivos para que Nunes “escondesse” o ex-presidente Jair Bolsonaro em sua campanha.
“Você tem um amante. Porque você gosta muito dele e precisa esconder ele do povo”, citou Marçal. “Como deve ser essa relação com o Bolsonaro? Já que nenhum bolsonarista consegue mais te apoiar”, continuou.
Na réplica, Ricardo Nunes completou seu posicionamento se referindo ao adversário como “Tchutchuca do PCC”: “Quem foi preso porque entrou na conta das pessoas para subtrair o recurso das pessoas, aposentados e humildes, foi você. Eu tenho uma vida limpa. Eu nunca tive sequer um indiciamento, uma acusação. Muito diferente de você que foi condenado, que foi preso e recentemente assumiu”.
Datena x Nunes e Marçal
O candidato José Luiz Datena foi questionado por Guilherme Boulos, mas preferiu usar seu tempo para atacar Nunes e Marçal. “O que mais preocupa é a saúde de São Paulo em outro sentido. É a saúde em termos policiais mesmo, em termos de um sujeito condenado, um bandidinho virtual de internet, como esse Pablo Marçal, que desvirtuou os debates”, iniciou.
“E o outro fala que ele é mentiroso, mas é mentiroso também, e hoje com evidência.”, se referiu a Ricardo Nunes. “Prova da Polícia de São Paulo que um banco virtual no interior financia candidatos do PCC. Evidência, tem PCC na administração daquele cidadão ali, no transporte coletivo”, finalizou.
Tabata x Marçal
Sobre o tópico Cracolândia, a candidata Tabata Amaral afirmou que no local existem bandidos e pessoas doentes. “Bandido você não passa a mão. Você não negocia, você combate. Doente você acolhe e dá tratamento”, declarou.
“É um sistema criminoso, que infelizmente está comprovado. Envolve agente público, envolve comércios, como hotel, envolve ferros velhos, são R$ 200 milhões para o lucro, não tem coitadinho ali”, afirmou Tabata, que também questionou a moral de Marçal para combater o tráfico de drogas, já que o adversário estaria envolvido em um esquema de transporte de quase cinco toneladas de cocaína.
Datena x Marçal
No final do terceiro bloco, Datena e Marçal começaram a trocar farpas e o jornalista disse que o candidato do PTRB havia ligado para tentar armar uma estratégia de ataque contra Nunes e Boulos.
“Só que eu não sabia o vagabundo, sem vergonha, ladrão condenado, estelionatário de internet que você é. Se não eu nem teria atendido nem a primeira e nem a segunda ligação sua”, disse Datena, afirmando que Marçal era um risco para a democracia.
Tendo ganhado direito de resposta, Pablo Marçal chamou o apresentador para briga, iniciando um episódio de quase agressão. Após Datena sair de seu púlpito e encará-lo, Marçal debochou: “Está desequilibrado, quer ser prefeito ou ditador?”. O jornalista disse que ele era “antiético e vagabundo”.
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