A Bahia Filmes "deu play" em suas primeiras atividades. Em ato simbólico realizado nesta terça-feira (8), o Governo do Estado entregou à Assembleia Legislativa (Alba) o projeto de lei para criação da empresa, que é a primeira do audiovisual estadual do Brasil.
O ato simbólico contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, da ministra da Cultura, Margareth Menezes, do diretor da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Paulo Alcoforado, e da presidenta da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Maria Marighella, além de demais autoridades e representantes do setor.
De acordo com o governo, a Bahia Filmes tem como objetivo consolidar o estado como um polo estratégico para o audiovisual no Brasil, abrindo novas possibilidades de desenvolvimento econômico e cultural. Nos últimos anos, o setor atraiu mais de R$ 160 milhões para o Estado.
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"Enviar para a Assembleia um projeto de lei criando uma ferramenta para garantir oportunidade de emprego, eu estou muito feliz hoje, queria agradecer a todos que botaram a mão para sair esse projeto de lei hoje pronto. [...] É a primeira instituição de governo de estado no Brasil, então a Bahia sai na frente novamente, sendo o primeiro estado a criar uma instituição relacionado ao audiovisual", afirmou o governador Jerônimo Rodrigues durante coletiva de imprensa no evento.
Para a ministra Margareth Menezes, a vinda da Bahia Filmes representa “uma mudança de paradigma”. “É o primeiro estado que tem uma agência de cinema para potencializar toda essa cadeia do nosso audiovisual. A Bahia tem um histórico importante de contribuição no cinema nacional, é a terra de Glauber Rocha”, brincou ela, em entrevista ao Grupo A TARDE.
A empresa terá formato de economia mista, sendo vinculada à Secretaria de Cultura (Secult/BA). Quando aprovada pela Casa Legislativa baiana e sancionada pelo Governador, a Bahia Filmes atuará no investimento privado a partir do Fundo Setorial do Audiovisual e Leis de Incentivo ao setor, captará recursos na Agência Nacional do Cinema (Ancine), distribuirá filmes em salas de cinema, canais de TV e Streaming em parceria com iniciativa privada, além de atuar na operação de salas públicas de cinemas, na atração de filmagens feitas por produtoras de fora da Bahia e na estruturação de novos negócios do audiovisual.
Também ao Grupo A TARDE, o secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, destacou a cadeia econômica movimentada em torno do audiovisual.
“O setor é importante hoje na participação não só na economia criativa, mas como na economia do país como um todo, com uma injeção de quase R$ 30 bilhões no nosso PIB, com geração de empregos, com o desenvolvimento de toda uma cadeia de serviços correlatos como hotelaria, iluminação, técnico, figurino, maquiagem, tudo isso se movimenta junto com a audiovisual. Então, nós temos a certeza que com a Bahia Filmes, a Bahia vai não só reforçar sua vocação, mas gerar muito desenvolvimento, emprego e renda para a população baiana”.