Alvo de uma operação da Polícia Federal no meio da semana, a deputada federal Carla Zambelli (PL) não recebeu o afago de uma turma boa do bolsonarismo nas redes sociais. Nem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem era parceira de primeira hora, se manifestou. O Portal MASSA! fez uma limpa nas redes dos principais nomes da direita conservadora.
Filho de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) não deu um “ai” sobre a operação nas redes sociais e não saiu em defesa da colega de partido e legislatura. A mesma postura foi adotada pela parlamentar Bia Kicis (PL/DF), uma das principais representantes da extrema-direita.
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Luiz Philippe de Orleans e Bragança, o ‘deputado príncipe’, também se fez de besta e ignorou o fato. O mesmo foi feito por Bibo Nunes (PL), conhecido por sua defesa ferrenha aos valores bolsonaristas. No Twitter do deputado tem falas recentes sobre o MST e um vestido usado pela primeira-dama Janja da Silva, mas não há nenhuma publicação de afago para Zambelli.
Deputado federal mais votado do Brasil em 2022, Nikolas Ferreira (PL), um dos mais destacados nomes do bolsonarismo, foi outro nome a permanecer em silêncio. Nikolas direcionou os últimos post ao ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), e ao presidente Lula (PT), mas não saiu em defesa da colega parlamentar.
Os ex-ministros João Roma (PL), Damares Alves (Republicanos) e Rogério Marinho (PL) também se calaram.
Isolamento e perda de mandato
Alvo da operação que prendeu o hacker Walter Delgatti, Zambelli corre o risco de perder o mandato como deputada federal. Segundo Valdo Cruz, do portal G1, o PL já entende que p cenário é difícil de ser revertido e pretende ficar quietinho enquanto assiste a possível queda da parlamentar.
Zambelli é alvo de um inquérito na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados por ter xingado o deputado Duarte Júnior (PSB).