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SEM MASSAGEM! - 30/12/2025, 10:37 - Gabriela Araújo/Portal A Tarde

Cadeia neles! Jerônimo diz que lugar de bandido é na prisão

Governador da Bahia defende firmeza do Estado contra o crime organizado

Jerônimo afirma que Estado não pode igualar ao crime
Jerônimo afirma que Estado não pode igualar ao crime |  Foto: José Simões/AG A TARDE

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) adotou uma postura mais firme ao fazer um balanço sobre a Segurança Pública, durante entrevista exclusiva ao Grupo A TARDE. O gestor diz que não será “pacífico” com o crime organizado, mas reforça sua posição contrária à barbárie e à violência policial.

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"O Estado oferece segurança à população e tem que mostrar força, firmeza, prender o criminoso e entregar à Justiça. Eu tenho dito a frase de que bandido bom é bandido preso, pagar a sua pena depois de julgado. Mas, não que seja um Estado matador. O Estado não pode se igualar ao crime, de forma nenhuma", disparou Jerônimo.

O chefe do Executivo também fez uma crítica à oposição, que vem usando o tema para tentar ganhar capilaridade eleitoral. Para Jerônimo, o assunto não está relacionado a nenhum tipo de partido político, e sim, a questões governistas.

“O tema da segurança pública não pode ser partidarizado, não é de esquerda ou de direita. [...]. Eu acho que o que deve ser feito no campo da oposição é a crítica, se tem pouco orçamento, se a forma está sendo equivocada. No mérito, temos que ouvir quando é preciso fazer as críticas”, afirmou o governador, complementando:

“Mas não, por exemplo, como é feito na Bahia, que se destampa uma caixa fazendo até uma agressão com o povo baiano, como se a Bahia fosse um estado violento ou agressivo. Outro pilar desse debate é se é da esquerda ou da direita, se é de partido A, B ou C”, disse Jerônimo.

Ao A TARDE, o chefe do Executivo ainda destacou o seu compromisso com a segurança da Bahia e listou as ações que vem desenvolvendo para combater o crime organizado.

“O papel meu enquanto governador é botar orçamento e investimentos, é garantir que sejam feitos mais concursos. Nós acabamos de entregar agora quase 2 mil policiais militares, até maio ou junho, nós entregamos mais 2 mil, fora os Policiais Civis, Bombeiros, DPTs [Departamento de Polícia Técnica], presídios, prisionais”, declarou ele, que continuou:

“Comprando armas, inclusive, muito mais potentes do que o crime organizado. Tenho o conceito que eu coloquei no meu programa de governo das câmeras corporais, implantamos o sistema, precisaremos agora em 2026, ampliar a quantidade dessas câmeras, não só físicas, mas do seu uso”.

Uso de câmeras corporais e recomendação do MP-BA

Na ocasião, o governador também esclareceu sobre a recomendação expedida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) em outubro sobre a correção no uso das câmeras corporais de policiais militares.

“Eu não me furto a enfrentar o debate, solicitei ao secretário Marcelo [Werner] que pudesse averiguar quais sãos as contribuições que o Ministério Público tem para aperfeiçoar. Agora, é uma medida nova e por mais que a gente pode como decreto, é uma cultura nova”.

O governador diz que considera a medida como “uma proteção ao trabalhador da segurança pública, porque ele vai ter os argumentos para se defender quando for preciso. Como servidor público, temos a obrigação de ser transparente”.

O documento, segundo o MP-BA, resulta de procedimento instaurado para fiscalizar a execução da política em todas as suas etapas, desde a aquisição e distribuição dos equipamentos até o uso, armazenamento e compartilhamento das imagens.

As diligências e visitas técnicas, realizadas pelo órgão público em unidades da Polícia Militar, Polícia Civil e do Departamento de Polícia Técnica (DPT), constataram subutilização dos equipamentos e ausência de controle sobre a forma de uso das câmeras.

Concursos públicos: Polícia Civil

O concurso da Polícia Civil da Bahia foi autorizado em novembro pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT). A expectativa da abertura das vagas já havia sido antecipada pelo Portal A TARDE no dia 28 de outubro.

Ao todo, serão oferecidas 750 vagas para a entrada de novos agentes da segurança pública, sendo distribuídas da seguinte forma:

Investigadores: 500 vagas;

Escrivães: 150 vagas;

Delegados: 100 vagas.

As inscrições para o certame, contudo, ainda não têm data definida devido ao rito processual para o lançamento do edital, assim como a contratação da banca que aplicará as provas.

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