A Venezuela não irá participar da reunião do BRICS em Kazan, na Rússia, que vai acontecer até esta quinta-feira (24). A decisão contou com a participação direta do Brasil, que optou por vetar a entrada do país vizinho.
Esse é mais um capítulo na queda de braço entre Brasil e Venezuela, após a eleição, no mínimo, contraditória do presidente Nicolás Maduro, no dia 28 de julho. O ditador venezuelano foi acusado de fraudar o processo eleitoral, e o presidente Lula (PT) sugeriu a realização de novas eleições para encerrar a controvérsia. No entanto, o governo de Maduro rejeitou a proposta.
Maduro chegou a viajar para Kazan e, ao desembarcar no país, deu a entender que já fazia parte do bloco. A entrada da Venezuela era um desejo de Vladimir Putin, já que o país é um de seus maiores aliados geopolíticos.
Leia mais:
Após viagem cancelada, Lula participa de reunião por videoconferência
Vovô tá ‘on’! Médicos liberam Lula para trabalhar após exames
Outro país que esteve próximo de entrar no grupo foi a Nicarágua, mas também não avançou. O Brasil também não mantém boas relações com esse país da América Central.
Cuba e Bolívia foram os países da América Latina que receberam convite para o bloco. Além deles, Tailândia, Vietnã, Malásia, Indonésia, Belarus, Turquia, Nigéria, Uganda, Uzbequistão e Cazaquistão também foram selecionados.
O convite, no entanto, não implica em aceitação. Os cazaques, por exemplo, recusaram a oferta, mostrando que só têm interesse em ingressar como país-membro. A Turquia deve seguir o mesmo caminho, buscando um assento de maior relevância no bloco.