O ex-presida Jair Bolsonaro (PL) teve uma conversa por 'debaixo dos panos' com o ex-mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump, no dia 14 de novembro de 2022, de acordo com um e-mail com a agenda confidencial da Presidência. Segundo Guilherme Amado, do Metrópoles, a ligação foi às 16h20 e partiu do Palácio da Alvorada, com duração de 10 minutos.
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No mesmo dia do telefonema, o alto escalão do governo teve uma reunião de portas fechadas com os comandantes das Forças Armadas. O encontro secreto contou com as presenças de Bolsonaro, do general Walter Braga Neto, vice na chapa à reeleição do então presidente, do almirante Flávio Rocha, assessor especial da Presidência, do então advogado-geral da União, Bruno Bianco, e dos ministros da Defesa (Paulo Sérgio Nogueira), da Justiça (Anderson Torres) e da Controladoria-Geral da União (Wagner Rosário).
Na agenda pública de Bolsonaro não há nenhuma indicação de reunião com os comandantes nem da ligação com Trump.
Ainda segundo o jornalista, o contato com o ex-presidente americano foi na mesma época em o deputado Dudu Bolsonaro estava nos Estados unidos. Na ocasião, as jornalistas Elizabeth Dwoskin e Gabriela Sá Pessoa botaram a boca no trombone no jornal The Washington Post, dizendo que coligados de Trump estavam tentando convencer Bolsonaro a contestar o resultado das eleições ocorridas no dia 30 de outubro.
A reportagem do jornal americano afirmou que o deputado brasileiro teve um encontro com Trump, na mansão do ex-presidente americano em Mar-a-Lago, na Flórida, e conversou com Steve Bannon, ex-assessor de Trump e ideólogo da extrema direita global.
Já Bannon disse ter conversado com Eduardo sobre a força dos protestos a favor de Bolsonaro e sobre a possibilidade de contestar os resultados da eleição brasileira.