O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que seu filho, Carlos Bolsonaro (Republicanos), conhecido como 02, vai prestar depoimento à Polícia Federal (PF) na terça-feira (30). Carlos é um dos indivíduos sob investigação na Operação Vigilância Aproximada, que apura a existência de uma organização criminosa dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A operação visa desvendar atividades ilegais de monitoramento de autoridades públicas e outras pessoas, utilizando ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.
Embora a Polícia Federal tenha convidado Carlos a depor sobre esse caso específico, uma resposta oficial ainda não havia sido dada até então. Em uma entrevista à CNN, nesta segunda (29), Jair Bolsonaro confirmou que seu filho cooperará com a PF.
Contrariando essa informação, o advogado Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação de Jair Bolsonaro, publicou no antigo Twitter, nesta segunda, esclarecendo que o depoimento de Carlos está, na verdade, relacionado a outro caso no qual o ex-presidente recebeu ameaças. Segundo Wajngarten, esse depoimento não está vinculado às ações recentes da PF.
Na operação de segunda-feira, foram alvos o vereador Carlos Bolsonaro, sua assessora Luciana Paula Garcia da Silva Almeida, a assessora do deputado federal Alexandre Ramagem, Priscila Pereira e Silva, e o militar do Exército cedido para a Abin durante a gestão de Ramagem, Giancarlo Gomes Rodrigues.
Todos foram submetidos a mandados de busca e apreensão em uma investigação que mira o núcleo político supostamente beneficiado pela denominada "Abin paralela" de Jair Bolsonaro (PL). Vale ressaltar que o convite para depoimento é distinto de uma intimação, sendo uma opção para os alvos, que têm até três dias para responder.
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