Jair Bolsonaro (PT) voltou a abordar pautas sempre presentes em seus ideais políticos. Neste domingo (28), durante live nas redes sociais intitulada como 'Evento conservador', o ex-presidente voltou a defender o voto impresso e citou a Venezuela como referência.
De acordo com Bolsonaro, o vizinho sul-americano teria modificado o sistema de eleições implementado um formato em que a urna eletrônica também possui um método de voto impresso. Ele considera que essas eleições são “mais justas”.
“Nesse plebiscito que vimos há poucas semanas que teve a iniciativa do presidente Maduro, teve o voto impresso ao lado da urna eletrônica”, indicou o ex-presidente, citando um suposto vídeo em que apareceria Maduro imprimindo seu voto.
“Maduro foi votar, eram cinco itens, ele apertava, falava uma coisa, apertava um botão, ‘sim, sim, sim’ e ai apertava outro botão e uma maquininha imprimia o voto. E ele pegava aquele voto, ao se dirigir à urna, falava ‘olha, aqui o voto é eletrônico, mas tem o papel também, diferente de outros países’, mas não citou que país é esse. E pôs ali o voto na urna”, continuou.
Outros temas sempre presentes em sua agenda foram tratados, como criminalização do aborto, liberação do acesso ao armamento e a posição favorável ao Marco Temporal das Terras Indígenas.
Bolsonaro ainda alfinetou seu principal opositor e adversário nas últimas eleições, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele diz que o petista deveria parar de citar a gestão anterior e se concentrar no próprio governo.
“Parece até que, quando Lula vai dormir, e ele está recém-casado, em vez de falar ‘eu te amo’, ele fala ‘Bolsonaro’”, ironizou Bolsonaro.
Outras críticas direcionadas a Lula foram a respeito do agronegócio no país. O ex-presidente também condenou os vetos contra a lei que institui a tese do Marco Temporal para a demarcação de terras indígenas.
“O que leva uma pessoa a achar que o agronegócio é fascista?”, questionou o ex-presidente. “O que faz uma pessoa, mesmo depois do parlamento votar por quase unanimidade a questão do Marco Temporal, o governo vetar?”. Segundo o ex-chefe do Planalto, não ser favorável ao Marco Temporal “leva insegurança para o campo”.