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Vixe! - 13/08/2025, 23:30 - Gabriela Araújo/Portal A Tarde

Bolsonaristas pegam ar após Alba negar honraria para Eduardo Bolsonaro

Deputado Leandro de Jesus critica rejeição da homenagem ao filho de Jair Bolsonaro

Leandro de Jesus é um dos maiores apoiadores da família Bolsonaro
Leandro de Jesus é um dos maiores apoiadores da família Bolsonaro |  Foto: Reprodução/Redes sociais

O pedido para concessão da Comenda 2 de Julho apresentado pelo deputado estadual Leandro de Jesus (PL) ao seu aliado Eduardo Bolsonaro (SP), que se licenciou do mandato na Câmara Federal para residir nos Estados Unidos (EUA), foi barrado pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).

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Em tom de chateação, o parlamentar considerou a homenagem ao filho ‘03’ de Bolsonaro como justa e disse que a rejeição da matéria, na verdade, é uma implicação ao seu nome.

“O que a Mesa Diretora está rejeitando é um pedido do deputado Leandro de Jesus porque quem está propondo esta homenagem, que no meu ponto de vista e no ponto de vista de milhões de baianos, é merecido, quem está propondo a homenagem sou eu”, disse o político.

A decisão foi anunciada na última terça-feira (12), em meio a guerra política entre o filho ‘03’ do ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente Lula (PT) devido ao julgamento do ex-mandatário sobre sua suposta participação no golpe de Estado, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

Leandro de Jesus, contudo, contrapõe a deliberação legislativa e que há um acordo na casa para que projetos dessa natureza sejam aprovados sem dificuldade.

“O que se dizia na casa, pelo menos até aqui, é que essas homenagens como são pedidos pelos deputados, é algo que embora tenha que passar pelo trâmite, não haveria ou não ocorreria esse tipo de rejeição”, contou o aliado de Bolsonaro.

Durante votação, apenas dois deputados estaduais votaram a favor da concessão da maior honraria do Legislativo, são eles: 1º secretário Samuel Júnior (Republicanos), e a 2ª secretária Kátia Oliveira (União), ambos compõem a bancada de oposição do governo.

Presidente da ALBA reage

A presidente da ALBA, deputada Ivana Bastos (PSD), explicou os critérios que culminou na rejeição da concessão do título.

"A decisão teve como base os critérios que regem a honraria, a qual é destinada a personalidades que tenham prestado relevantes serviços à Bahia, contribuído de forma concreta para o desenvolvimento econômico, social ou cultural do Estado, e que possuam trajetória pública ou profissional alinhada aos valores democráticos e ao simbolismo histórico da data, que representa a luta e a independência do povo baiano", disse Ivana.

Segundo a pessedista, o nome de Eduardo Bolsonaro "não atende plenamente a esses requisitos, razão pela qual a proposta foi rejeitada".

Eduardo Bolsonaro: herói da independência

A mais alta honraria da ALBA tem o intuito de homenagear personalidades públicas ou políticas que tenham contribuindo com valores republicanos, democráticos e à proteção das liberdades civis.

Nesse sentido, o deputado bolsonarista justifica a concessão do posto de comendador a Eduardo por sua luta contra o “cerceamento das liberdades civis”.

“Assim como os heróis da independência da Bahia insurgiram-se contra a opressão que violava a soberania popular, Eduardo Bolsonaro tem se posicionado no plano contemporâneo, contra mecanismos de cerceamento das liberdades civis, especialmente, quando estes decorrem de práticas concentradoras de poder”, descreve o projeto.

Família Bolsonaro e a Comenda 2 de Julho

Apenas um membro da família Bolsonaro já foi condecorada com a honraria. Trata-se da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que ganhou a homenagem em março de 2024. A entrega da medalha também foi proposta pelo deputado Leandro de Jesus.

A entrega da medalha foi concretizada durante o Encontro do PL Mulher, no Centro de Convenções de Salvador.

Segundo o proponente da comenda, a honraria é um reconhecimento à atuação de Michelle em prol das pessoas com deficiência.

“Não apenas pelo significado da Michelle, mas pelo que ela fez em relação àqueles que eram invisíveis ao povo, ou a todos, ou às políticas públicas, aqueles surdos, mudos, pessoas portadoras de deficiência que não eram vistas e a Michelle trouxe vez e voz a estas pessoas”, afirmou.

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