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PEGOU AR - 14/03/2025, 20:00 - Da Redação

Auditores fiscais disparam contra a Prefeitura após denúncia de trabalho ‘barril’ no Carnaval

Polêmica veio à tona após ação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que resgatou 303 vendedores ambulantes em condições análogas à escravidão

Fiscalização aponta jornadas de 14 a 20 horas de trabalho
Fiscalização aponta jornadas de 14 a 20 horas de trabalho |  Foto: Denisse Salazar /Ag. A Tarde

A Delegacia Sindical na Bahia do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (SINAIT DS/BA) se pronunciou, nesta sexta-feira (14), sobre a polêmica envolvendo os vendedores ambulantes que trabalharam no Carnaval e a Prefeitura de Salvador.

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Por meio de nota, a SINAIT DS/BA lamentou a situação em que os trabalhadores estariam em condições desumanas durante a folia. Além disso, a fala do prefeito Bruno Reis, que alegou que a fiscalização não foi conduzida com critérios técnicos, foi rebatida.

A polêmica teve início após uma ação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que resgatou 303 vendedores ambulantes em condições análogas à escravidão durante o Carnaval de Salvador.

A fiscalização constatou que os trabalhadores enfrentavam jornadas exaustivas de 14 a 20 horas diárias, sem intervalos adequados, e careciam de infraestrutura mínima para higiene e descanso, sendo obrigados a dormir nas ruas em condições precárias. Diante disso, tanto a Ambev quanto a Prefeitura de Salvador foram responsabilizadas pelas condições impostas aos ambulantes.

O prefeito Bruno Reis classificou as acusações do MTE como irresponsáveis e acusou o órgão de tentar politizar a situação. Em contrapartida, o SINAIT DS/BA defendeu a imparcialidade e o rigor técnico da Auditoria-Fiscal do Trabalho, ressaltando que todas as ações fiscais são baseadas em critérios técnicos e legais, visando garantir aos trabalhadores direitos essenciais de cidadania, dignidade e segurança no trabalho. O sindicato enfatizou que a fiscalização não pode ser desonrada por agentes políticos que, diante de situações adversas, optam por ataques infundados.

A nota de repúdio reforça o compromisso dos Auditores-Fiscais do Trabalho em contribuir para um ambiente laboral mais digno, especialmente para os trabalhadores mais vulneráveis, e reafirma a missão de fiscalizar e assegurar condições adequadas de trabalho, independentemente de pressões políticas.

Confira a nota na íntegra:

Imagem ilustrativa da imagem Auditores fiscais disparam contra a Prefeitura após denúncia de trabalho ‘barril’ no Carnaval
Foto: Reprodução

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