
Momentos após anunciar que deixou o Brasil em viagem para o exterior, nesta terça-feira (9), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) revelou que foi para a Itália e que não pode ser deportada para retornar ao país.
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“Estou na Itália. Tenho cidadania italiana e não podem me deportar. Eles não podem me deportar sendo cidadã italiana”, afirmou em entrevista à CNN.
A parlamentar negou que tenha fugido do país e considera sua viagem como um ato de resistência. “Eu entendo minha saída como resistência, não como fuga".
Segundo ela, a decisão foi tomada após o STF ter negado prisão domiciliar. "Eu recebi a informação de que Moraes não me daria prisão domiciliar, mas me colocaria e deixaria na cadeia”.
Zambelli foi condenada a dez anos de prisão, pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por invadir e anexar documentos falsos aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Além disso, ela também terá que pagar uma indenização de R$ 2 milhões pelo ato, assim como o hacker Walter Delgatti. Ele também foi condenado a prisão, mas com a pena de oito anos.
Durante a análise, os magistrados também determinaram a perda do mandato da parlamentar, a ser executada após o trânsito em julgado da ação, isto é, quando não houver mais possibilidade de recurso.
Advogado pulou fora
O ato de deixar o Brasil causou consequências na equipe de defesa de Zambelli, com a renúncia do seu advogado, Daniel Bialski. O jurista anunciou, em um comunicado que não irá mais representar a defesa da deputada.
Fui apenas comunicado pela deputada de que estaria fora do Brasil para dar continuidade a um tratamento de saúde. Todavia, por motivo de foro íntimo, estou deixando a defesa da deputada, como já lhe comuniquei. Agora, detalhes sobre ela devem ser requisitados à Karina, assessora da deputada", afirmou.