Absolvido da acusação de corrupção passiva pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), em decisão desta quinta-feira (27), o deputado federal Aécio Neves (PSDB) não descartou uma nova candidatura a presidente da República. A declaração foi feita em entrevista ao jornal O Globo.
Aécio, que inocentado da acusação de ter recebido R$ 2 milhões de Joesley Batista, um dos cabeças da J&F, que comanda a JBS, desconversou ao tocar no assunto, mas deixou aberta a porta da possibilidade de tentar novamente o Palácio do Planalto. Em 2014, o tucano beliscou a cadeira ao disputar o segundo turno apertado com a então presidente Dilma Rousseff (PT).
“Não penso individualmente no momento (candidatura). A decisão definitiva da Justiça me coloca em condições de contribuir para um projeto de centro no Brasil. No ano passado, infelizmente o PSDB cometeu equívocos muito graves que nos impediram de ter uma candidatura presidencial. Vou trabalhar para que isso não ocorra novamente. Quem vai ser é o tempo e as circunstâncias que vão dizer, mas estou determinado, agora com mais ênfase e mais vigor, a unir as cabeças pensantes do Brasil, como fiz em 2014, para construirmos uma alternativa ao petismo e ao bolsonarismo”, disse Aécio.
O ex-senador e ex-governador de Minas Gerais ainda afirmou estar com fôlego para construir um “novo caminho” para o Brasil e colocar o PSDB como uma alternativa ao lulismo e ao bolsonarismo.
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“Essa decisão da Justiça me dá fôlego para ajudar a construir um novo caminho. O Brasil não merece viver definitivamente dessa dicotomia do bem e do mal. Minha disposição é absoluta de reorganizar e reestabelecer o PSDB como uma alternativa de centro. Não vou desistir de ajudar o Brasil a construir um projeto reformista ousado que nos tire dessa armadilha do radicalismo dos extremos. Hoje nós temos dois campos que se retroalimentam, o bolsonarismo e o lulismo”, afirmou.