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Eita! - 22/11/2024, 16:38 - Da Redação - Atualizado em 22/11/2024, 17:09

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano para matar Lula

Ajudante de ordens do ex-presidente, que se tornou colaborador da Justiça, foi ouvido na quinta-feira (21)

Mauro Cid foi ouvido nesta quinta-feira (21)
Mauro Cid foi ouvido nesta quinta-feira (21) |  Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O advogado Cezar Bittencourt, que representa o tenente-coronel Mauro Cid, afirmou, nesta sexta-feira (22), que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) confirmou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente tinha conhecimento sobre o plano de matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e e o vice Geraldo Alckmin (PSB).

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A declaração foi feita durante entrevista no canal GloboNews, concedida à jornalista Andréia Sadi. Ao ser perguntado, Cezar Bittencourt confirmou a informação, mas acabou mudando de ideia logo depois. "Confirma que sabia, sim. Na verdade, o presidente de então sabia tudo, comandava essa organização", indicou o advogado inicialmente. No entanto, após uma queda na conexão, Bittencourt retornou ao ar com uma ressalva.

"Cid deu alguns detalhes. Agora, uma coisa importante que eu tenho que retificar, que saiu uma coisa errada aí, eu não disse que o Bolsonaro sabia de tudo. Até porque o tudo é muita coisa. Alguma coisa evidentemente ele tinha conhecimento, mas o que é o plano? O plano tem um desenvolvimento muito grande", explicou o responsável pela defesa de Mauro Cid.

"O presidente, segundo a informação, teria conhecimento dos acontecimentos que estavam se desenvolvendo. Isso ele não pode negar, mas não tem nada além disso. Eu não falei plano de morte, plano de execução, de execução como sendo o plano de morte. Falei da execução do plano pensado, imaginado, desenvolvido, nesse sentido [...] Eu não sei que tipo de golpe poderia ser. Agora, tinha interesse no acontecimento que estava acontecendo aqueles dias, o presidente sabia", detalhou.

Mauro Cid prestou novo depoimento nesta quinta-feira (21), mesma data em que Bolsonaro e outras 36 pessoas, incluindo seu ex-ajudante de ordens, foram indiciados pelos crimes de golpe de Estado, organização criminosa e abolição do Estado Democrático de Direito.

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